‘Eu não fazia ideia de como a dança se tornaria importante na minha vida’
>JADE BARBOSA, ATLETA OLÍMPICA brasileira, resolveu aceitar o desafio de integrar o time do ‘Dancing Brasil’. Tímida, teve que vencer vários obstáculos para fazer bonito no reality da Record. E ela conseguiu. Amanhã, Jade disputa a final com Maytê Piragib
O que te levou a aceitar o desafio de dançar?
Eu sempre quis participar de um programa de dança, tinha muita vontade de aprender a dançar porque sabia que ia me ajudar muito na ginástica. Sempre fui muito tímida e sabia que se eu conseguisse me apresentar no programa, eu mudaria não só na minha ginástica, mas na minha vida. Eu me sinto muito mais confiante e confortável em várias situações.
Dança é mais difícil do que ginástica?
Não sei se a dança é realmente mais difícil que ginástica, mas para a Jade se arriscar em algo que ela nunca tinha feito e com tanta exposição foi bem difícil.
Você já tinha dançado alguma vez na vida?
A única coisa que eu sei dançar é a minha coreografia da série de solo, é o que eu tenho mais próximo.
Qual é o ritmo mais difícil? Por que?
O ritmo mais difícil para mim foi o zouk, porque eu achei que a mulher tem que colocar um toque bem pessoal na coreografia e eu ainda não me sentia muito confiante para fazer isso.
Você já ganhou medalhas em campeonatos do mundo e foi para finais em Olimpíadas. Qual a diferença entre uma final olímpica e a final do ‘Dancing Brasil’?
O ‘Dancing’ realmente é muito parecido comum afinalde olimpíada, porqueé tudo o unada. Todos que estão n afinal são muito bons.Éa mesma sensação de quando vou competir na final de Mundial ou de Olimpíadas: eu olho para o lado durante os ensaios de aquecimentos e vejo que todos têm um grande potencial. É difícil se sentir confortável com essa situação. Mas tenho me dedicado diariamente e não quero colocar tudo a perder na final.
Ficou clara a sua cumplicidade com o seu coreógrafo. Isso tem sido importante?
O Teo realmente é o meu porto seguro. Fico muito feliz em ter conhecido ele! Nós combinamos muito em tudo, e principalmente respeitamos uma o outro, dentro eforado programa. Achoque isso faz diferença. É essa cumplicidadenatural que adquirimos a olongo do ‘Dancing’ que vem aparecendo durante as nossas apresentações.
Vocês estão namorando, afinal?
É difícil falar sobre isso. Estamos muito focados no programa (risos).
Como você está treinando em dupla jornada? São treinos para o ‘Dancing’ e para a seleção brasileira de ginástica?
Eu tenho uma carga diária de treino de 6 horas por dia e tenho ensaiado mais 4 horas as coreografias do ‘Dancing’. Tenho tido mais ou menos dez horas diárias de exercícios. Tem sido bem corrido e eu tenho ficado exausta, mas eu faria tudo de novo. Tenho aprendido muito durante o ‘Dancing’ e tenho levado esse conhecimento para a minha vida.
Ficou muito claro que ao longo do programa você mudou. No início, parecia uma menina tímida, cheia de medos . Hoje se entrega nos braços do Teo. O que mudou?
Eu realmente não sei em que ponto a Jade mudou. Parecia que a cada programa eu conseguia mostrar algo diferente: cada coreografia pedia uma outra Jade, e aos poucos eu fui perdendo a timidez e me sentindo mais forte para fazer coreografias diferenciadas. E fico muito feliz com o resultado.
Qual é a sua vantagem em relação aos adversários da final?
Acho que cada um tem seu ponto forte. Para chegar até a final todos provaram que estão bem preparados. Acho que ores ulta doéacon se quênci ade um grande trabalho das duplas. Não me sinto em vantagem. Me sinto muito feliz por ter estado na final .
E quais são as vantagens deles em relação a você?
Acho que os outros participantes estão mais acostumados com essa questão de câmera, de como se comportar na frente dela. E usou supertímida, então eu sigo com muito dificuldade na parte artística, ainda maisque na ginástica nós somos treinadas paranã o mostra remoção. T emosque entrar frias para competir e conseguir manter o foco. Na dança é completamente diferente: você tem que sentira música e se divertir. E isso realmente eu ainda estou aprendendo.
Qual será o ritmo da final?
Na final do programa serão três ritmos: o ritmo que o participante foi pior; o ritmo que o competidor foi melhor; e um ritmo que ainda não foi apresentado no programa.
No programa da valsa, você se emocionou porque não dançou valsa aos 15 anos e seu pai estava na plateia. Foi o momento de mais emoção de toda a competição?
Eu nunca tinha imaginado que o‘Dancing’ foss eme proporcionar tantas emoções! Revivi e vivi momentos inesquecíveis. A valsa foi incrível para mim, porque eu não tinha tido festa de 15 anos. Na época, estavacompetindo no Pan juvenil e ter tido a oportunidade de dançara valsa co mome upai presente não teve preço. Mas um mom entoque super me marcou no programa, foi revivera minha medalhado Pan 2007.
Você vai continuar dançando?
Eu quero muito continuar dançando. Só tenho que ver como colocar isso na minha rotina. Eu não fazia ideia de como a dança se tornaria importante na minha vida.
Quem é seu ídolo na dança? E na ginástica?
Nagi násticaéaMcKay la Maroney, uma das saltadoras mais incríveis de todos os tempos. Na dança, o meus onhoé conhecera De bor ah Colker.
Você acha que vai vencer a competição?
Eu nunca vou para vencer. Eu vou sempre para dar o meu melhor. Vencer é uma consequência de um trabalho bem feito. Então eu acredito que oque faz você vence ré a energia que você gastou durante a sua trajetória. Se você se dedicou todos os dias, se você quis trabalhar duro todos os dias, isso que vai tornar você um vencedor.