Secretaria nega prejuízos ao fluxo do BRT e à segurança
No início do mês, o Consórcio BRT Rio afirmou que a medida colocará em risco motoristas e passageiros. A empresa informou que ainda é cedo para avaliar os transtornos provocados pela circulação de táxis até o momento, mas prometeu consolidar esses dados em breve.
Já a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) informou que faz monitoramento constante e não houve nenhum registro de acidente no trecho em questão até o momento. “Não há impacto na fluidez do trânsito”, afirma, em nota, a secretaria.
A SMTR lembra que o trajeto já foi utilizado por veículos credenciados durante os Jogos
■Olímpicos, sem nenhum prejuízo à operação do Transcarioca e sem riscos à segurança.
Por outro lado, taxistas como Francisco Dugulin, de 43 anos, defendem que a liberação seja estendida para outros trechos de corredores BRT. Ele diz que já economiza de 20 a 40 minutos, em horários de rush, entre a Avenida dos Campeões e o Aeroporto do Galeão e que a permissão prioriza os táxis em relação a motoristas particulares de aplicativos como o Uber. “O benefício é a economia na mobilidade. Serviço legalizado tem suas vantagens”, opinou o motorista.
Em São Paulo, a prefeitura passou a autorizar, em maio de 2016, que táxis com passageiros usem os corredores de ônibus da cidade (como os BRSs do Rio) também nos horários de pico. Antes, a circulação era proibida das 6h às 9h e das 16h às 20h. Dados divulgados em outubro pela SPTrans, órgão gestor do trânsito, apontaram que a velocidade média dos coletivos caiu em 11 dos oito corredores da capital paulista em 2016 em relação ao ano anterior. A SPTrans classificou, na ocasião, as variações como sendo normais. O único sistema BRT de São Paulo, o Expresso Tiradentes, ainda é exclusivo para ônibus.
Em Belo Horizonte, os táxis podem trafegar, desde março, no Move Antônio Carlos, um dos dois sistemas de BRT da cidade. A partir de amanhã, poderão circular também no corredor Cristiano Machado.