EM BUSCA DE IGUALDADE
Ranking de melhores empresas para trabalhar premia ações de apoio à presença de mulheres em ambiente corporativo
Oinstituto Great Place to Work (GPTW), consultoria que elabora rankings das melhores empresas para trabalhar, volta a sua atenção para a igualdade de gêneros no ambiente corporativo. O Projeto Diversidade, que passou integrar alista, passou a premiar as melhores empresas para a mulher no país. Foram 144 inscrições — 80 delas cumpriam o prérequisito de ter 15% de mulheres no quadro geral e 15% de gestão.
A Aspen Pharma e a Visagio, ambas do Rio, foram premiadas na última edição. E adotam práticas de igualdade de gêneros. A Aspen Pharma iniciou a inclusão de ao menos uma mulher no processo seletivo de vagas historicamente ocupadas por homens. Essa prática aumentou o percentual de mulheres no cargo de alta liderança executiva, que dobrou e hoje é de 30%.
A rede varejista carioca Prezunic, que ingressou sete vezes na lista das melhores empresas para trabalhar no Rio e no país, emprega 7 mil pessoas. E 48% dos cargos são ocupados por mulheres. O grupo chileno Cencosud, integrado pelo Prez unic,t em ametade tratar o funcionário com igualdade.
É ocaso deKellyC ristina dos Santos, de 44 anos —13 deles na rede de supermercados. Ela começou como atendente de caixa, foi fiscal de loja e hoje presta atendimento ao cliente. No começo de sua trajetória profissional, Kelly precisou conciliar o trabalho com a criação do afilhado. Um problema de saúde afez fi caruma no afastada. Mas sempre contou com a assistência da empresa. “Esse tipo de tratamento, de cuidado com as pessoas, nos faz querer ficar e crescer aqui dentro”.
Apesar das boas iniciativas, ainda há uma desigualdade relevante quanto aos salários e a presença nos cargos de gestão.
MULHERES GANHAM MENOS
Segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2016 do IBGE, a diferença do salário médio mensal nos trabalhos formais e informais continua relevante. Em 2015, o rendimento médio dos homens ficou em R$ 2.012 e das mulheres em R$ 1.522, uma diferença de R$ 490. “Percebemos que são necessárias algumas políticas que forcem a inserção de mulheres nas empresas, mesmo que seja por cotas ou algum cuidado para manter diversidade de gênero”, propõe Lina Nakata, gerente de conteúdo do GPTW.