Protestos contra acordos climáticos na reunião do G-20
Angela Merkel anuncia plano contra pobreza na África; Trump tem conversa com líderes asiáticos
Os protestos contra a reunião da cúpula do G-20, na Alemanha, continuaram ontem. Os manifestantes foram às ruas para expressar sua insatisfação com os acordos climáticos e pedir que as fronteiras sejam abertas para os migrantes que fogem de regiões com grandes confrontos.
Alguns manifestantes criaram barricadas e incendiaram carros em Schanzenviertel, região próxima ao local em que os líderes estão reunidos. Além disso, cerca de 500 pessoas invadiram supermercados na região e atacaram pequenas lojas, segundo autoridades locais. A polícia prendeu 114 pessoas e deteve temporariamente 89 ativistas. Centenas de policiais e manifestantes ficaram feridos no confronto.
Mais cedo, o Ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maiziere, condenou os protestos feitos em Hamburgo durante a reunião do G-20. Segundo o principal funcionário da segurança alemã, as ações representam “o oposto de um protesto democrático”. Ele acrescentou que os ataques “completamente desinibidos” às pessoas e algumas propriedades na Alemanha “não têm nada de motivação política ou protesto”.
FIM DA POBREZA?
O G20 lançou ontem um plano para lutar contra a pobreza na África. O objetivo do projeto, afirma a chanceler alemã Angela Merkel, é que sete países africanos beneficiem-se de apoios para atrair novos investimentos privados.
Manifestantes pediram também abertura de fronteiras para migrantes
Gana, Costa do Marfim, Tunísia, Etiópia, Marrocos, Ruanda e Senegal estão na lista — que não inclui países africanos bem pobres, como Níger e Somália.
TRUMP EM PARALELO
O presidente dos EUA, Donald Trump, se reuniu com líderes asiáticos em encontros paralelos à cúpula do G-20, na Alemanha, para buscar um consenso sobre a melhor forma de conter o que chamou de “ameaça” representada pela Coreia do Norte e seus testes balísticos.
“Algo precisa ser feito sobre esse assunto”, afirmou o republicano durante encontro com o presidente chinês, Xi Jinping Em reunião separada com o premiê japonês, Shinzo Abe, Trump afirmou que os dois estavam lidando “com o problema e ameaça da Coreia do Norte”.
A Casa Branca tentou pressionar Pequim a interceder contra o regime de Kin Jong Un e forçá-lo a interromper seu desenvolvimento de armas nucleares. Nos últimos dias, Trump tem sinalizado frustração com a recepção chinesa dessas demandas. No encontro, porém, Trump afirmou a Xi: “Eu estimo as coisas que você fez em relação ao problema bastante substancial que todos enfrentamos na Coreia do Norte”. O premiê japonês notou que as condições de segurança na região da Ásia e Pacífico se tornaram “mais duras” por causa das ações de Pyongyang. Abe também afirmo que gostaria de “demonstrar a parceria robusta, assim como a forte ligação” entre os EUA e o Japão em relação a essa questão.