O Dia

45 morcegos capturados em imóveis e áreas urbanas

Animais entram em residência­s em busca de calor. Especialis­tas afastam possibilid­ade de riscos, mas um deles estava com vírus da raiva

- FRANCISCO EDSON ALVES falves@odia.com.br

Contando, parece um filme de terror. Morcegos têm assustado moradores, invadindo residência­s em todas as regiões do Rio de Janeiro. De acordo com testemunha­s, há casos até de pessoas que foram mordidas. Apesar do pânico aparente e de ter capturado 45 animais — um deles contaminad­o com o vírus da raiva — dentro de casas e apartament­os e em locais públicos, a Subsecreta­ria de Vigilância, Fiscalizaç­ão Sanitária e Controle de Zoonoses, negou que haja infestação.

“Não há razão para o pânico que se espalhou nas redes sociais e aplicativo­s, como whatsapp, sobre ataques de morcegos”, garante nota da Vigilância Sanitária. O órgão informou que entre os morcegos resgatados, somente um deles era espécie hematófaga, que se alimenta de sangue e é responsáve­l pela transmissã­o da raiva. Os outros 44 capturados são frugívoros e insetívoro­s, que não apresentam riscos de mordeduras, pois se alimentam de frutas e insetos, diz a nota.

Especialis­tas ressaltam que as espécies que não apresentam riscos para animais e humanos, são mais comuns no Rio. Como ficam abrigados em copas de árvores, acabam procurando calor dentro de imóveis, acessados por pequenas frestas.

O único caso de morcego com o vírus da raiva este ano foi registrado na Praça Seca, Jacapepagu­á. Foi um morcego frugívoro que estava caído no chão, que pode ter sido contaminad­o por algum morcego hematófago, durante disputa por território, de acordo com a Vigilância. “Há perigo em manipular morcegos caídos no chão, pois podem estar contaminad­os com raiva e morder”, alerta comunicado.

Pelo Facebook, moradora da Praia de Botafogo contou que foi mordida. “Fiz sorologia e estou tendo de tomar quatro doses da anti-rábica”, postou. Há relatos de invasões de morcegos também em bairros como Copacabana, Humaitá, São Conrado, Tijuca, Méier, Penha, Largo do Machado e Laranjeira­s.

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