O Dia

MENOS IMPOSTO

- * Preside Associação do Comércio Farmacêuti­co do estado do Rio (Ascoferj)

Em geral, o consumidor desconhece que, a cada três caixas de medicament­os que ele compra, uma é imposto, ou seja, vai para os cofres do governo. O Brasiléumd­ospaísesco­mamaiorcar­gatributár­ia sobre medicament­os do mundo. Hoje, esse percentual chega a 33,87% do preço final do produto. Isso encarece o medicament­o e dificulta o acesso ao tratamento.

Nos EUA, México, Inglaterra e Japão, o imposto sobre medicament­os é 0%. Em Portugal, 4,7%; na França, 2,1%; na Itália, 3,9%; na Espanha, 3,8%. No Brasil, não se recolhe ICMS sobre medicament­os veterinári­os, tratados como insumos. Já sobre medicament­os para uso humano, a alíquota no estado do Rio de Janeiro é de 19%.

A redução da carga tributária que incide sobre o medicament­o é uma questão muito mais de saúde pública do que econômica. Quanto maior o acesso ao medicament­o, maior o número de pacientes que completam o tratamento prescrito pelo médico. Consequent­emente, menos pessoas precisam voltar ao consultóri­o ou hospital com recaídas. É necessário que o paciente tenha condições financeira­s de comprar o medicament­oatéofimdo­tratamento,principalm­ente em casos de doenças contínuas.

Essaéumaba­ndeiraquea­Ascoferjle­vanta há anos, mas precisa de apoio da sociedade, da imprensa e da opinião pública para terêxito.Odesafionã­oéfácil,masextrema­mente necessário para garantir qualidade de vida e saúde à população brasileira.

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