O Dia

Fiesp vai reclamar com Temer e Meirelles

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A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) distribuiu ontem à tarde patos infláveis para pedestres na Avenida Paulista, que fica fechada para carros aos domingos. A ação ocorreu no mesmo dia em que o presidente da entidade, Paulo Skaf, se reuniu fora da agenda oficial com o presidente Michel Temer, em sua residência em São Paulo. Também participar­am do ‘encontro surpresa’ o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o economista e ex-ministro da Fazenda, Delfim Neto. Skaf ficou quatro horas na residência.

Os bonecos de plástico são uma alusão à retomada da campanha ‘Não vou pagar o pato’, que havia sido lançada pela Fiesp em 2015. A ação de marketing contrária ao aumento de impostos foi retomada na semana em que o governo federal anunciou o reajuste da contribuiç­ão do PIS/Cofins para os combustíve­is, medida para tentar conter o rombo fiscal. Com a decisão, o litro da gasolina subiu até R$ 0,41.

Quinta-feira, a Fiesp divulgou nota assinada por Skaf na qual afirma estar “indignada” com a decisão da equipe econômica de aumentar impostos para cumprir a meta fiscal de 2017. Além disso, a federação inflou, na frente da sede em São Paulo, o pato amarelo.

Nem Meirelles nem Skaf quiseram falar com a imprensa ao deixar a residência do presidente. Temer tampouco saiu de casa. Além de Skaf, Meirelles e Delfim Netto, Temer recebeu seu advogado, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que o defende das acusações da delação da JBS.

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