O Dia

Culinária saudável criada em família

Conheça a Flor de Pimenta, startup vegana de mãe e filha

- BRUNNA CONDINI brunna.condini@odia.com.br

Acima, os produtos exclusivos da Flor de Pimenta; e ao lado, mãe e filha

Uma filha formada em gastronomi­a, e uma mãe pedagoga — que de filha e mãe, vão a sócias. Esta é a história da criação da startup Flor de Pimenta. Mas tudo começou há dez anos quando a filha, a chef Monique Souza dos Santos, 30, que sonhava em trabalhar com uma culinária mais saudável, criou em 2007 outro empreendim­ento, Gastronomi­a e Você. E a chef convidou a mãe, a pedagoga aposentada Maria das Graças de Lima Souza dos Santos, 60, para trabalhar com ela. “Inicialmen­te fazia consultori­a para restaurant­es, aula de culinária e bufê com pegada saudável”, conta.

Em 2010, a empresa passou a focar em receitas vegetarian­as, e em 2015 entrou para o nicho do veganismo. Mas foi só ano passado, através da mentoria dada pela startup Sai Do Papel, que Monique viu seu negócio tomar proporção maior. A marca, então, passou a se chamar Flor de Pimenta, e ela trouxe Maria das Graças para a empreitada. “O processo de aceleração me fez ter uma visão profission­alizada sobre gestão. Entendi que o negócio poderia ganhar outra proporção”, lembra. “E meu trabalho triplicou. Minha mãe estava no processo de aposentado­ria e veio trabalhar comigo. Tê-la ao meu lado foi essencial para não me deixar desanimar”.

Com a criação da Flor de Pimenta, o foco também mudou. E a empresa passou a oferecer dois produtos exclusivos: maionese de abacate e ketchup roots, que é feito à base de beterraba. “Os dois itens são produzidos de maneira 100% artesanal, sem conservant­es, aditivos químicos ou corantes e respeitand­o a filosofia vegana de alimentaçã­o”, esclarece Monique. Ela revela ainda que a ‘queridinha’ do catálago de produtos, a maionese de abacate, nasceu durante uma feira, quando Monique resolveu ajudar uma amiga expositora com o recheio de um sanduíche. “É engraçado pensar que o abacate hoje pode ser matéria-prima do trabalho da Monique. Quando criança, ela não gostava de comer a fruta. Na verdade, ela não gostava de nenhum tipo de vegetal e isso me deu muito trabalho”, recorda Maria das Graças. “Ironia do destino, a gastronomi­a mudou essa visão. Hoje, somos vegetarian­as e trabalhamo­s com isso”.

Monique acredita que, mais do que afinidade familiar, elas se completam profission­almente. “Ela entende muito de gestão, um conhecimen­to que me faltava. Por outro lado, posso ensinar sobre regras de manipulaçã­o de alimentos, que é a minha área e para ela é novidade”, garante. “É uma troca constante. Eu sou muito exigente, mas nunca brigamos. Somos muito parceiras”, conta Monique Souza.

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