O Dia

SORAYA RAVENLE, Entre canções e teatro...

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Aatriz e cantora Soraya Ravenle solta a voz hoje, ao lado de Marcelo Caldi, no Festival do Vale do Café, em Vassouras (RJ). A dupla, aliás, vai gravar um CD em breve. Além disso, setembro será um mês de agenda cheia: ela vai estar no elenco de duas peças, uma no Rio (sobre Ney Matogrosso) e outra em São Paulo. Haja fôlego!

LILI:

Qual a expectativ­a com sua participaç­ão no Festival Vale do Café, na Fazenda São Luiz da Boa Sorte?

■É a de que vamos respirar um lugar de muita história e beleza, amor e dor, e que com toda essa intensidad­e, seremos levados a uma viagem no tempo! Sempre quis conhecer e participar do festival! Esse duo com Marcelo Caldi, que vamos apresentar no festival, em breve será gravado! Na próxima edição, já estaremos com nosso CD!

●Quais são seus projetos para TV? Acabo de participar da série ‘Sob Pressão’, que entrou no ar, sobre o cotidiano de um hospital público no Rio de Janeiro.

■●Um momento marcante. São tantos... Aqui vai um recente: realizar meu primeiro solo teatral, ‘Instabilid­ade Perpétua’, a partir do livro homônimo do filósofo paulista Juliano Pessanha. Estreei em janeiro, cumpri três temporadas no Rio e agora me preparo para fazer temporada em São Paulo, no Sesc Ipiranga, em setembro. É a realização de um sonho! Fui dirigida por quatro mulheres, entre elas a minha filha, Julia Bernat. Além dela, Georgette Fadel, Stella Rabello e Daniella Visco. Em setembro, estarei em cartaz terças, quartas e quintas no Rio com o ‘Puro Ney’, e sextas, sábados e domingos, com a ‘Instabilid­ade Perpétua’, em São Paulo. Sou

■●SORAYA:

uma operária do teatro e da música!

Como será o espetáculo sobre Ney Matogrosso?

Será um show tributo a esse artista que é uma das grandes referência­s da nossa música, criador de um mundo

■●sonoro e estético próprios. Um homem que tem a energia de se reinventar a cada trabalho, se relaciona com as gerações mais jovens com a alegria de quem quer se renovar, aprender e trocar. O repertório traz as canções que estão identifica­das como sendo

Fale deste momento conturbado que o Brasil esta vivendo.

O país desmorona diante de todos nós. Ao mesmo tempo em que a situação é dramática e a crise absolutame­nte radical, me parece que esse desmascara­mento da estrutura política e social, em toda sua podridão, pode nos dar impulso para buscarmos novos caminhos e maneiras de se estar no mundo. Por outro lado, não sou otimista, já que a educação e saúde de qualidade estão longe de serem prioridade­s dos nossos governante­s. Muito pelo contrário. De fato, quando falo nesses assuntos, como agora, meu coração pulsa de revolta e indignação.

■●A violência te preocupa? Claro! Além de me preocupar, ela me revolta! Existe violência maior do que, por exemplo, ver pessoas nos corredores dos hospitais, morrendo sem condições de tratamento? Médicos sem ter como dar atendiment­o decente às pessoas? As escolas sem o mínimo de material para receber as crianças e adolescent­es? O corpo de funcionári­os do estado sem receber há meses? Os bailarinos e músicos do nosso Theatro Municipal indo embora do Rio, pois não tem como pagar aluguel e comida, enquanto nosso governador vai a um spa? Uma lista sem fim de roubos e desvios de dinheiro público em prol de interesses particular­es, estas, sim, são as grandes violências!

■●Mudando de assunto... Família é? Amor, profundo amor. Lugar matricial que se desdobra durante toda uma vida.

■●E como anda o coração? A vida é apaixonant­e e misteriosa, sempre!

■●Conte-nos um sonho. Ver o nosso país transforma­do em um lugar de justiça, abundância para todos!

■●

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