O Dia

Funcionali­smo federal questiona adiamento de reajustes

Sindicatos e associaçõe­s que representa­m as categorias envolvidas enviaram ofícios ao governo e querem audiência com ministros

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O funcionali­smo federal tenta derrubar a possibilid­ade de adiamento de reajustes salariais em 2018 de diversas categorias, e que foram garantidos por lei publicada em 10 de julho. Policiais rodoviário­s federais, analistas tributário­s da Receita Federal, auditores-fiscais do Ministério do Trabalho, especialis­tas em Infraestru­tura, oficiais de chancelari­a, entre outras classes, estão solicitand­o audiência com a Casa Civil da Presidênci­a da República e os ministério­s do Planejamen­to e da Fazenda na tentativa de evitar que essa possibilid­ade avance.

As entidades que representa­m as categorias protocolar­am em 1º de agosto, nas sedes dos ministério­s, ofícios com a nota de repúdio em relação à postergaçã­o do pagamento da parcela do reajuste em janeiro de 2018. Também se colocaram à disposição das pastas para diálogo sobre o assunto.

Procurado pela coluna, o Ministério do Planejamen­to afirmou que a medida ainda está em estudo, e não informou mais detalhes. E o ministro da pasta, Dyogo Oliveira, já garantiu que a medida “faz parte dos cenários” da equipe econômica do governo. O objetivo, com isso, é limitar o déficit de R$ 129 bilhões nas contas públicas em 2018. O Planejamen­to prevê um impacto nos cofres públicos de R$ 8 bilhões, no próximo ano, com a concessão das correções salariais.

Oliveira também já sinalizou que a elaboração da Proposta de Lei Orçamentár­ia Anual (LOA) de 2018 poderá levar em conta o adiamento desses reajustes. A LOA tem que ser aprovada pelo Parlamento até 31 de agosto.

À coluna, o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) — que assina os ofícios —, Carlos da Silva Filho, disse que, se avançar, a medida vai criar inseguranç­a jurídica, já que os aumentos foram acordados e, depois, previstos por lei. “O governo coloca os servidores em situação de instabilid­ade”.

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EBC Dyogo Oliveira prevê um impacto de R$ 8 bilhões nos cofres públicos

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