Preso, ex-prefeito de S. Gonçalo tinha mala com R$ 277 mil
Coletivo formado por 12 atores apresenta a peça ‘Nós’ até domingo, no Centro
Um esquema de superfaturamento na contratação de empresa de iluminação, que pode ter resultado em desvio de R$ 40 milhões, levou ontem à prisão Neilton Mulim, que foi prefeito da cidade até o ano passado.
OGrupo Galpão dá início às comemorações pelos seus 35 anos de atividade neste fim de semana, com a encenação da peça ‘Nós’, no Sesc Ginástico, no Centro do Rio. O espetáculo, com sessões hoje e amanhã, a partir das 19h, e no domingo, às 18h, é a mais recente montagem do coletivo teatral, fundado em 1982.
Em cena, os atores Antonio Edson, Beto Franco, Eduardo Moreira, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia, Paulo André e Teuda Bara celebram a vida enquanto preparam a última sopa. É o momento em que debatem questões do mundo contemporâneo, como a intolerância, a violência e a diversidade.
‘Nós’ assume viés político ao convidar a plateia a presenciar situações de opressão e de convívio entre as diferenças. Isso é feito a partir de relações de proximidade entre artista e espectador, ator e personagem, cena e plateia, realidade e ficção.
Um dos atores do espetáculo, Eduardo Moreira traça um paralelo entre a peça, o Grupo Galpão e os artistas que o compõem. “O espetáculo ‘Nós’ é composto por esse coletivo que comemora 35 anos. Somos seres humanos e artistas de teatro com suas perplexidades, angústias, algumas esperanças e muitos nós”, define o ator.
A peça conta com direção de Marcio Abreu. Ele foi convidado para dirigi-la em 2014, quando os atores do Grupo Galpão se entregavam a exercícios solo, com o objetivo de contemplar desejos individuais e criar alternativas para um projeto em conjunto. O diálogo e o confronto entre o coletivo e os anseios de cada artista se manifestaram de maneira urgente. E o espetáculo foi construído a partir da reação do grupo de atores diante das pressões exercidas pelo mundo sobre cada um deles.
O COMEÇO DE TUDO
O Grupo Galpão surgiu a partir do encontro entre os atores Teuda Bara, Eduardo Moreira, Wanda Fernandes e Antonio Edson nas oficinas de teatro dos diretores alemães Kurt Bildstein e George Froscher, do Teatro Livre de Munique. Foi quando eles decidiram se organizar em torno de um coletivo de artistas para manter um trabalho a longo prazo, com base nas raízes do teatro popular e de rua.
Seis anos depois da sua fundação, o Grupo Galpão construiu uma sede em Belo Horizonte, em 1989. A partir de recursos próprios, adquiriram um antigo casarão no bairro Sagrada Família e o transformaram no Galpão Cine Horto, um espaço de formação em teatro. Até hoje, o coletivo realizou 2.900 apresentações em 18 países, atingindo mais de um milhão de espectadores.