O Dia

Outro PM do batalhão de São Gonçalo é preso por cobrar para soltar mulher de criminoso

Policial Militar, do Batalhão de São Gonçalo, tentou cobrar, junto com dois suspeitos, R$ 30 mil para liberar a vítima mantida como refém

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Um soldado do 7º BPM (São Gonçalo) e dois homens foram presos em flagrante, na noite de terça-feira, pela Corregedor­ia da Polícia Militar acusados de extorquir a mulher de um traficante que estava sendo mantida refém. Segundo as investigaç­ões, o policial Rodrigo de Andrade Rosa e os suspeitos Rafael Nascimento da Silva e Rafael Pereira da Silva exigiram R$ 30 mil da vítima e roubaram o celular de um mototaxist­a para usar na negociação. A mulher foi libertada.

No momento da prisão, houve perseguiçã­o, o PM reagiu e foi baleado, de raspão, na cabeça após resistir à prisão e entrar em luta corporal com um tenente. Com o PM, foi apreendida uma pistola 9mm turca, de uso restrito. A mulher do bandido tem passagem pela polícia por tráfico.

O sequestro aconteceu por volta das 18h no Morro do Feijão, no Bairro Paraíso, em São Gonçalo. Após receber a denúncia, uma equipe da 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) e agentes da corregedor­ia iniciaram buscas. Na Rua Mauá, no Porto Velho, eles prenderam um dos criminosos em um veículo Suzuki Vitara, onde a vítima era mantida refém.

A outra parte do bando foi localizada na BR 101, na altura do Viaduto do Porto da Rosa. Nesse momento, houve perseguiçã­o e quando a equipe da corregedor­ia intercepto­u o veículo, o soldado do 7º BPM tentou se desfazer da arma, jogando-a pela janela do carro. Ao descer, se atracou com um tenente da corregedor­ia, tentando desarmá-lo. Para evitar que o soldado pegasse a arma do oficial e atirasse nele, um outro agente da corregedor­ia atirou contra o policial.

BATALHÃO DA PROPINA

Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, onde se encontra preso sob escolta policial. Ele foi autuado pela 4ª DPJM por extorsão mediante sequestro, desobediên­cia e resistênci­a. Os outros dois, por não serem militares, foram levados para a 73 ª DP (Neves).

No último dia 13, a Corregedor­ia da Polícia Militar já havia prendido em flagrante três policiais do Batalhão de São Gonçalo acusados de manter um criminoso em cárcere privado, exigindo dinheiro para sua libertação.

O 7º Batalhão também foi alvo, no dia 29 de junho, da Operação Calabar da Polícia Civil, a maior da história do estado, para prender 96 PMs, que cobravam propinas e vendiam drogas e armas para os bandidos. O nome da operação é referência ao traidor português Domingos Fernandes Calabar. Segundo as investigaç­ões, os policiais tinham um esquema de corrupção que movimentav­a R$ 1 milhão por mês.

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ESTEFAN RADOVICZ - 29/06/2017 Em junho, operação da Polícia Civil prendeu 96 PMs do 7º Batalhão

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