FUNDO SEM ACORDO
O bilionário financiamento público de campanha proposto na reforma política — pode chegar a R$ 3,6 bilhões — rachou o Congresso sobre a regulação do uso do dinheiro. Líderes defendem que o TSE controle a distribuição com lupa e regras rígidas – mas não apresentam soluções, indicando que o dinheiro do povo cairá na vala comum da gastança partidária sem controle. “Tudo que aconteceu no Brasil hoje faz com que deva ser redobrada a atenção com eventuais gastos nas campanhas. Mas não há acordo, tem muita gente contra”, admite o líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB).
Opção de saldo...
Mais cauteloso, o líder do PSDB, Ricardo Trípoli (SP), investe na tese de que “não pode ter dinheiro novo, tem que utilizar o que já existe, emendas parlamentares”.
...e extrato
Segundo Trípoli, “o recurso iria para os tribunais regionais, que passariam para os partidos. Teria uma supervisão dos tribunais e, tendo controle, não há dificuldade”.
Conta-gotas
Carlos Zaratini (SP), líder do PT, defende a tutela do TSE no repasse a conta-gotas para as legendas, com pente-fino na prestação de contas.
Roteiro da rifa
É notória a incompetência de seguidos governos (e do atual também) na gestão da Eletrobrás, o que dá margem para privatização. Mas gente da oposição achou estranho o aval do presidente Temer dois dias depois da visita de Aécio Neves ao Palácio do Jaburu. O senador tucano é ligado na energia.
Herança tucana
Dimas Toledo, o mandachuva em Furnas por anos – começou na gestão FHC e adentrou o governo Lula — era apadrinhado de Aécio na estatal. Dimas saiu , mas deixou lá uma filha empoderada, diretora de departamento.
Ponto Final
Desconfie muito quando as grandes emissoras de TV, sócias de conglomerados financeiros, acham normal rifar a Eletrobrás para o setor privado.