O Dia

Retirada de pardais vai parar na Justiça

Alerj entra com representa­ção para Secretaria de Segurança informar endereços de risco a fim de retirar equipament­os

- FRANCISCO EDSON ALVES falves@odia.com.br

Um pedido à Justiça deve acelerar a retirada dos radares e pardais de trânsito de áreas de risco. Após esperar mais de 40 dias pela relação dos endereços dos equipament­os, a Comissão de Transporte da Alerj vai entrar com representa­ção hoje contra a Secretaria de Segurança Pública. Autor da lei 7.580, que determina a retirada dos pardais das áreas considerad­as perigosas em todo o estado, o deputado Dionísio Lins (PP), vice-presidente da comissão, diz que a entidade aguarda do Instituto de Segurança Pública (ISP), a relação dos endereços para que a Companhia Estadual de Trânsito (CETRio) providenci­e a retirada.

“Entendo que a demanda de trabalho deva estar altíssima, já que a Segurança é a principal preocupaçã­o da população. Como não estamos conseguind­o os locais através de ofício, teremos que apelar à Justiça”, afirmou Dionísio.

O deputado explica que não dá para entender como o ISP divulga balanços de assaltos, roubos e outros crimes, e não fornece a lista, “com a finalidade de resguardar a segurança dos motoristas em áreas considerad­as críticas, principalm­ente à noite”.

R$ 4,3 MIL POR HORA

Somente a capital tem 1.200 equipament­os de controle de velocidade, 714 monitorado­s pelo município. Só nos três primeiros meses deste ano, os redutores arrecadara­m R$ 9,4 milhões em infrações para o estado, cerca de R$ 4,3 mil por hora.

O assunto foi o que mais motivou ligações para o Disque-Multas da Alerj: 1,4 milhão. Ano passado, a prefeitura do Rio chegou a arrecadar até R$ 475 mil em um dia com multas de trânsito.

Em 2016, 36.726 pessoas foram vítimas, entre feridos e mortos, nas vias de todo o estado, conforme o ISP e Detran . Boa parte das ocorrência­s se deu à noite, após 22h, quando parte dos pardais normalment­e já é desligada por conta da violência.

Procurada no início da noite, a secretaria não tinha retornado questionam­ento sobre o assunto até o fechamento desta edição.

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