No Mengão, a melhor defesa é... a defesa
Sem sofrer gol em seus três jogos, técnico prioriza retaguarda forte
O técnico Reinaldo Rueda repete, no Flamengo, a fórmula que o le- vou à conquista da Libertado- res do ano passado, pelo Atlé- tico Nacional: arrumar a de- fesa, para, depois, buscar po- der de fogo. Nos três primei- ros jogos do Rubro-Negro sob o comando do treinador, o time não sofreu gol. Um aperitivo que remete ao iní- cio de seu trabalho à frente do clube de Medellín.
Quando Rueda assumiu o Atlético Nacional, em 2015, o time, dirigido até então por Juan Carlos Osório, havia disputado 39 partidas na temporada e sofrido 43 gols — média de 1,1 por jogo. Com a troca de técnico, o índice despencou a 0,42 — nos 28 compromissos restantes no ano, a defesa colombiana foi vazada 12 vezes.
“Rueda chegou com esse sistema defensivo desde o primeiro jogo. Falou para dar uma segurada, teríamos que pensar primeiro em marcar. Um gol o nosso time vai fazer, temos jogadores qualificados na frente. Ele falou para dar mais valor para a marcação. Na frente, quem estiver lá vai corresponder”, revelou Rodinei, ontem, após o treino.
No total, o Atlético Nacional, com Rueda, disputou 144 jogos e sofreu 113 gols — média de 0,78, inferior à de Zé Ricardo no Flamengo, de 0,95.
O método, porém, não significa que o técnico seja retranqueiro. A busca é por equilíbrio. Sob sua batuta, o time colombiano marcou 246 vezes — média de 1,7 por partida.
Assim como no Atlético Nacional, Rueda chegou ao Flamengo no meio da temporada e com o dever de ir à Libertadores do ano seguinte. A diretoria rubro-negra aposta que, com o técnico, o clube pode voltar a conquistar o principal torneio do continente.
‘Um gol o nosso time vai fazer, temos jogadores qualificados na frente. Ele (Rueda) falou para dar mais valor para a marcação’ RODINEI