O Dia

RIO, A CAPITAL DO TURISMO

A ação Mais Rio Mais Brasil tem o objetivo de quadruplic­ar número de visitantes na cidade até 2022

- GUSTAVO RIBEIRO gustavo.ribeiro@odia.com.br

Embratur lança campanha mundial com objetivo de aumentar de 6,8 milhões para 27 milhões o número de visitantes anuais na cidade. Prefeitura já prepara calendário com megaevento­s mensais.

Passada a ressaca pós- olímpica, o Rio de Janeiro voltará a ser alçado aos holofotes do mundo como grande destino turístico do Brasil. O Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) vai priorizar a divulgação da cidade em peças publicitár­ias, feiras internacio­nais e ações com a imprensa entre 2018 e 2022. A ação Mais Rio Mais Brasil vislumbra quadruplic­ar o número de visitantes - um salto de 1,5 milhão para 6 milhões de estrangeir­os e de 5,3 para 21 milhões de turistas nacionais por ano na capital.

Para fortalecer a empreitada, um calendário anual de eventos, chamado Rio de Janeiro a Janeiro, está sendo elaborado pela prefeitura. A ideia é que pelo menos um megaevento cultural ou esportivo seja realizado por mês para agitar a cidade e chamar mais turistas a partir do ano que vem. Os equipament­os construído­s para os Jogos 2016 serão utilizados.

A campanha da Embratur foi anunciada na quinta-feira pelo presidente da autarquia, Vinicius Lummertz, como solução para estimular a economia. “O turismo é a saída que a cidade tem de sustentabi­lidade econômica para se reerguer”, declarou.

O presidente da Embratur acredita que a ação beneficiar­á o reposicion­amento de imagem do Rio e criará oportunida­des de negócios, com geração de emprego e renda. Também está prevista, até o fim do ano, a implantaçã­o do visto eletrônico para facilitar a entrada de americanos, canadenses, japoneses e australian­os no país. As novidades foram comemorada­s pelo setor.

“O Rio de Janeiro tem hoje o parque hoteleiro mais moderno do Brasil. A cidade reúne 855 estabeleci­mentos de hospedagem. Sediamos os maiores eventos esportivos do

Todo investimen­to em imagem e infraestru­tura da cidade seria em vão sem um trabalho sólido de promoção ALFREDO LOPES, presidente da ABIH-RJ O visto para americanos é uma burocracia. O Brasil precisa decidir se quer atrair visitantes ou ficar fechado para o mundo SÁVIO NEVES, presidente do Trem do Corcovado

planeta e, hoje, lidamos com taxas de ocupação na casa dos 50%. Todo investimen­to em imagem e infraestru­tura da cidade seria em vão sem um trabalho sólido de promoção”, declarou Alfredo Lopes, presidente da Associação de Hotéis do Rio (ABIH-RJ).

O número de visitantes não caiu depois da Olimpíada, mas, com o aumento da oferta de hospedagen­s, as taxas de ocupação acabaram caindo. “Temos que recuperar o valor das diárias e manter uma média mensal de 55 a 60%”, acrescento­u Lopes. Segundo ele, antes da alta da oferta, a taxa média de ocupação era de 65%.

O Rio de Janeiro já tem 250 eventos confirmado­s entre 2017 e 2027, entre congressos, feiras e convenções. Nesse período, a cidade terá recebido 1,1 milhão de congressis­tas, que deixarão uma receita estimada em US$ 1,3 bilhão. “O calendário de eventos é fundamenta­l para manter o fluxo de turistas equilibrad­o durante todo o ano, não apenas na alta estação. Os eventos são responsáve­is pelo desenvolvi­mento e divulgação do destino”, destaca Sonia Chami, presidente-executiva do Rio Convention & Visitors Bureau.

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MAÍRA COELHO
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Para reforçar o turismo, a prefeitura elabora calendário com pelo menos um megaevento por ano na cidade
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FOTOS MÁRCIO MERCANTE / AGÊNCIA O DIA
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