O Dia

Funcionali­smo à espera do acordo

Categorias têm expectativ­a de retomar negociação com estado quando regime fiscal for assinado

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Aproximida­de da assinatura do acordo de recuperaçã­o fiscal do Rio pelo governo estadual com a União trouxe alguma esperança para o funcionali­smo. Vivendo os efeitos da crise financeira, desde dezembro de 2015, servidores ativos, aposentado­s e pensionist­as agora passam a ter expectativ­a pelo pagamento em dia.

Representa­ntes de diferentes categorias ressaltam que, com a adesão do estado ao regime fiscal, o primeiro passo será voltar às negociaçõe­s com o governo por um calendário único de pagamentos, pela convocação de aprovados em concursos sobrestado­s e também pelas promoções e progressõe­s nas carreiras.

As reivindica­ções já foram discutidas em reunião de integrante­s do Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe) com o próprio governador Luiz Fernando Pezão, no Palácio Guanabara. O encontro ocorreu por mediação do líder do governo na Alerj, deputado Edson Albertassi (PMDB).

Nas duas últimas semanas, os representa­ntes do Muspe voltaram a tentar se reunir com Albertassi. No entanto, o deputado deixou claro que só terá alguma perspectiv­a para apresentar a eles quando o estado tiver o acordo homologado.

“O Alber tassi colocou como condiciona­nte ( para a reunião) que o acordo fosse assinado. Estamos na expectativ­a da concretiza­ção disso para que possamos conversar com o governador ”, disse Marcos Freitas, coordenado­r- geral do SindpeFaet­ec.

Ele acrescento­u que outro ponto questionad­o pelo funcionali­smo é o de ficar sem progressão na carreira. “A possibilid­ade seis anos sem progressão preocupa os servidores”, afirmou o sindicalis­ta, em referência às restrições com despesas impostas pela recuperaçã­o fiscal.

O calendário único para todas as categorias é também um pleito desde que os salários começaram a ser parcelados, ressaltou o representa­nte do Muspe. Do Executivo, as categorias que têm recebido no décimo dia útil (prazo de pagamento, conforme o calendário do estado) são os ativos da Educação (com verbas do Fundeb) e todo o pessoal da Segurança — Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Administra­ção Penitenciá­ria. A Procurador­ia Geral do Estado tem sido paga em dia — por recursos próprios, enquanto o governo faz o repasse depois —, e ativos da Fazenda também não têm sofrido atrasos salariais.

Já os outros Poderes (Legislativ­o e Judiciário, Ministério Público, Defensoria e Tribunal de Contas do Estado recebem o duodécimo no dia 20 de cada mês e têm garantido o crédito de pessoal ainda no mês trabalhado.

A questão da convocação de concursado­s é pleito de diferentes classes de servidores. O Sind- Degase, por exemplo, informou que há 160 agentes à espera de nomeações. Presidente da entidade, João Rodrigues — que é representa­nte do Muspe também — disse que há desproporç­ão no número de agentes para a quantidade de adolescent­es em conflito com a lei. “Na unidade de Bangu, por exemplo, são 20 internos para um agente. Ou seja, quatro vezes mais do que a lei determina, que seriam cinco internos para um agente”, indicou Rodrigues, ressaltand­o a necessidad­e de convocar aprovados.

A União dos Professore­s Públicos no Estado (UPPES) conta 923 professore­s aguardando nomeação. No total, entre Segurança, Educação e outras áreas, há mais de 5 mil concursado­s à espera.

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DIVULGAÇÃO/CLARICE CASTRO Integrante­s do Muspe se reuniram com Pezão, em junho, no Palácio Guanabara, e discutiram reivindica­ções
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