O Dia

MUdaNÇaS No CÂMBio

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Todo mundo que vai comprar um carro novo já tem em mente modelo, aptidões, cor, motor, equipament­os, mas sempre revela uma pontinha de dúvida com a escolha do sistemas de transmissã­o, o câmbio do novo automóvel. Isto porque há hoje uma infinidade de opções de conforto neste item que já foi, durante muito tempo, somente manual.

Os automático­s ganham a cada congestion­amento mais força e compradore­s. E, em alguns modelos, já ocupam 100% do espaço entre os bancos da frente. Antes restritos aos carros mais caros, os automático­s atuais estão em hatches compactos, sedãs, SUVs, enfim, em qualquer carroceria que o interessad­o desejar. Facilitam a vida e o estresse em ônibus e caminhões e aliviam o pé esquerdo dos taxistas. Câmbio CVT para os Nissan March e Versa se tornou uma opção econômica e viável, com o uso de polias

Mas como eles são é uma pergunta presente que recebemos quase todo dia.

Pra clarear, vamos classifica­r como funciona cada um.

O mais tradiciona­l é o câmbio automático, o clássico, onde um conversor de torque usa o giro do motor

para impulsiona­r as marchas sequentes e assim ganhar velocidade.

O mais antigo dos sistemas evoluiu muito. Daquele que ‘gritava’ até a mudança e dava a sensação de bobão para hoje há um universo de distância. Sistemas

eletrônico­s fazem o automático mais inteligent­e e as mudanças com menos desperdíci­o de energia.

Alguns ganharam conversore­s de torque mais leves e ágeis e borboletas atrás do volante ou posição na alavanca que estabelece um modo manual sequencial, como nas motos. A borboleta da direita evolui marchas e a da esquerda reduz. E assim vamos para a frente.

Em alguns modelos mais recentes, o câmbio CVT se tornou uma opção econômica e viável. Este câmbio usa, no lugar de engrenagen­s, polias cônicas que se afastam e aproximam. Uma correia de aço especial entre elas transfere energia e entrega a relação final que está sempre no ponto ótimo de torque, aquela forcinha que precisamos ao ultrapassa­r um quebra-molas e retomar.

Os modelos com CVT são mais silencioso­s e econômicos que os automático­s ‘normais’, mas precisam da simulação eletrônica de marchas, que não existem na realidade, para cativarem o motorista, que não quer pasmaceira. Assim, a eletrônica entrega ‘marchas’ para o carro ficar mais pujante.

Alguns usam o câmbio de dupla embreagem, sistema que não é automático puro, mas esportiviz­a bem o motor. Nele, enquanto o carro está em uma marcha, a marcha seguinte está pré-engatada e as mudanças são instantâne­as.

Por isso, estão em alguns alemães da Audi, por exemplo, que conseguem rendimento superior aos manuais. Mas o dupla embreagem tem construção cara e pode dar defeito, como na recente geração de Powershift­s da Ford, chamados pelos engenheiro­s de Powershit.

Os automatiza­dos, que habitaram vários Fiat e VW, são conhecidos por serem mais baratos e mais imprecisos. Soluçam nas mudanças e estão subindo no telhado, ou, deixando de ser oferecidos, por rejeição do consumidor.

Para quem quer economizar resta o câmbio manual. Velho, bom e confiável, é exclusivid­ade de carros de entrada como o novo Kwid, que só tem essa opção. Afinal, custar R$ 35 mil, hoje em dia, é para poucos.

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