O Dia

Corpo de jornalista Tim Lopes foi jogado em Rio, diz Marcinho VP

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Um capítulo polêmico do livro é a versão do traficante para o assassinat­o do repórter investigat­ivo da TV Globo Tim Lopes, morto em 2002, no Complexo do Alemão.

VP afirma que Tim não teria se identifica­do aos traficante­s que o capturaram como repórter e que seu corpo fora jogado no rio Faria-Timbó, na altura de Manguinhos.

Na versão contada pelos criminosos presos à época e que participar­am de sua execução, o corpo de Tim foi queimado no próprio morro com pneus. Além disso, segundo os traficante­s presos, houve tortura.

“Marcinho conta que soube da outra versão através de um traficante com quem dividiu a cela em Bangu e que viu a execução”, disse Homem.

O jornalista entrevisto­u esse traficante que é identifica­do no livro como Aluízio, um nome falso. “Ele atualmente é um grande chefe do tráfico e reafirmou a versão contada para VP”.

Definindo o relato da nova versão como “a cereja do bolo do livro”, Homem relata detalhes de como teria sido a morte do jornalista. “A testemunha diz que ele não se identifico­u como repórter. Que teria recebido dinheiro para filmar o baile funk. Ele teria sido morto com tiros, sem tortura”.

Na época, segundo a polícia e os criminosos detidos, o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, teria comemorado a captura do jornalista e autorizado sua morte. Por ser mandante da morte de Tim, Elias se encontra preso.

Em uma das cartas, Marcinho diz respeitar a imprensa e ter ajudado Tim em matérias, assim como a outros jornalista­s.

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