Cracolândia em Ramos já faz parte do cenário da via
Outro problema crônico da via expressa é a presença constante de usuários de crack, principalmente na altura da passarela 10, em Ramos. Barracos e lixo espalhados nas margens e no meio da avenida, onde dezenas de dependentes químicos vivem e consomem drogas, fazem parte do cenário da região há tempos. Alguns aproveitam os engarrafamentos para assaltar e vender produtos roubados.
A PM alega que não consegue realizar ações eficazes por
Nconta de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). “Quando em flagrante delito, eles são conduzidos à delegacia. Fora isso, não podem ser encaminhados para lugar nenhum, por força do TAC”, explicou a major Fabiana.
Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, o caso é tratado em ações conjuntas com a polícia, Guarda Municipal, superintendência do bairro e Comlurb. “Várias ações foram feitas nesse local só esse ano, mas devido à proximidade da favela, o acesso às drogas é mais fácil. Por isso, retornam aos mesmo locais”, explicou a secretaria. Como o acolhimento não é compulsório, as pessoas podem sair dos abrigos.
O historiador Milton Teixeira lembra que o fim do ‘milagre econômico’, nos anos 70, facilitou a favelização da Brasil, inaugurada em 1946. “A expansão até Santa Cruz, na década de 60, permitiu o crescimento da cidade. Mas depois veio a crise e contribuiu bastante para ocupação das margens pelas comunidades”.