O Dia

Mortos no México já são 230

Escola que desabou com 400 pessoas na capital atrai voluntário­s para o resgate

- > Cidade do México Com Agência France-Presse

De todos os dramas que emergiram do tremor de 7,1 graus que abalou o México na terçafeira, o da Escola Enrique Rebsamen, na Zona Sul da capital, foi o que calou mais fundo. Ali morreram 26 das 230 vítimas registrada­s até agora; 21 eram crianças que estudavam no prédio de três andares que foi ao chão. Os trabalhos de resgate prosseguem sem descanso na região central do país.

Até agora, 11 crianças e pelo menos uma professora foram retiradas com vida da escola que desabou. “Estamos trabalhand­o com câmeras térmicas e unidades com cães”, disse Pamela Díaz, padeira de 34 anos que desde terça-feira ajuda socorrista­s no resgate.

SILÊNCIO É FUNDAMENTA­L

Com pás e com as próprias mãos, há quase 24 horas sem dormir e praticamen­te sem comer, Pamela e outros voluntário­s não poupam esforços na angustiant­e corrida contra o tempo para encontrar com vida as pelo menos 30 crianças que continuam desapareci­das. “Silêncio, por favor! Não caminhem, não respirem, tentamos ouvir as vozes!”, pediu um policial, enquanto voluntário­s carregavam vigas de madeira para apoiar as áreas a ponto de desabar.

“Uma nuvem de poeira subiu quando parte do edifício entrou em colapso. Tivemos que permanecer em nossas salas até que o tremor passasse”, relatou a professora María del Pilar Martí.

Na Cidade do México desabaram 39 edifícios, segundo o prefeito Miguel Ángel Mancera, que assegurou que, salvo em uns cinco, onde se determinou que não há pessoas presas, os trabalhos de resgate permanecem. A energia foi restabelec­ida em boa parte da capital.

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AFP/NASA
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AFP/MARIO VAZQUEZ Os três andares da Escola Enrique Rebsamen foram ao chão

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