'Canto mais no carro do que no chuveiro'
Quem canta seus males espanta. Com Tiago Leifert, que volta ao ar hoje na estreia da sexta temporada do ‘The Voice Brasil’, não é diferente. “Canto, sim! Mais no carro do que no chuveiro. Playlist varia muito, na maioria das vezes deixo a ordem das músicas aleatória”, revela o também apresentador do programa ‘Zero1’, sobre a cultura geek e o universo pop, também na Globo. “Estou gravando os dois simultaneamente. É corrido, mas vale a pena. A própria equipe do ‘Zero1’ também faz o ‘The Voice Brasil’. Estamos todos ‘dobrando’”, conta Leifert, de 37 anos.
MAIS PREPARADOS
No comando do ‘The Voice Brasil’ desde 2012, Tiago Leifert tem notado uma diferença acentuada no perfil dos candidatos da sexta temporada. “As entrevistas estão rendendo de outro jeito. Eu demorava no primeiro ano muito mais para fazer as entrevistas do que eu demoro hoje. Hoje é rapidinho. O cara já vem aqui sabendo o que ele quer, o que ele quer falar, sabendo a imagem que ele quer passar para quem está em casa, ele já sonhou com aquilo. Ele já imaginou, já simulou aquilo na cabeça dele”, observa.
ESCOLHA DIFÍCIL
Fã de futebol, Leifert faz uma analogia para reforçar seu raciocínio. “É como bater um pênalti. Os candidatos têm um minuto e meio para cantar com os técnicos de costas e têm que acertar. E eles já estão treinando esse pênalti há muito tempo. Já sabem o canto que vão bater, a força que vão usar”, acrescenta. Para o apresentador, está cada vez mais difícil para os técnicos do reality musical. “Se chegar no palco pensando: ‘Hoje vou procurar uma voz de pop’. Aí, chega a primeira e manda um samba, e o técnico aperta o botão e vira a cadeira. É muito difícil eles chegarem com uma regra”, enfatiza o jornalista.
INDICAÇÃO DE FÃS
Leifert revela que é comum as pessoas o pararem nas ruas
Tiago Leifert, que já soltou a voznaedição de2013,dizque não participa da seleção dos candidatos e admite se emocionar nas audições
sugerindo amigos ou parentes que sejam bons no gogó ou mesmo enviando links de cantores amadores pelas redes sociais. “Mas eu não participo de forma alguma do processo seletivo. Pode ser o novo Frank Sinatra: vai ter que se inscrever no Gshow como todo mundo”, salienta. Aliás, o próprio apresentador já soltou a voz no programa de 2013, ao lado de Daniel e Carlinhos Brown, em ‘Amor I Love You’. Quando perguntado se voltaria a mostrar seus dotes musicais, ele usa seu bom humor. “As pessoas querem se distrair, aí elas ligam a TV e tem eu lá cantando? Coitadas!”, brinca.
AUTOCRÍTICA
O tom autocrítico é algo natural para Tiago Leifert. Tanto que ele se assiste muito pouco na TV por justamente pegar pesado na autoanálise. “Assisto quando eu sei que houve algo que me incomodou ou quando a direção me chama a atenção para alguma coisa. Se foi tudo bem, não assisto porque eu vou achar defeito. Nenhum troll - gíria para usuários que provocam e enfurecem discussões - de internet consegue ser mais cruel do que eu mesmo”, atesta.
SELEÇÃO MINUCIOSA
Tiago comemora a longevidade do programa, que entra em seu sexto ano. Para o apresentador, a atração segue uma fórmula importante para a sua estabilidade. “Uma boa seleção, minuciosa, que fica sempre sob responsabilidade dos nossos produtores e direção. Quem faz o programa, realmente, são as vozes. É por elas que estamos aqui”, diz ele, que sentiu que melhorou como apresentador desde a sua estreia na atração. “Acho que me tornei mais preciso, conciso. Aprendi a fazer a mesma coisa usando menos palavras e menos tempo”, frisa.
TODOS APRENDEM
O apresentador reforça que o aprendizado é também para cada candidato do programa. “A pessoa que não avançou de fase conversou com o técnico por minutos. Eles dão muitas dicas, eles ajudam muito, falam exatamente o que a pessoa fez e eles não gostaram, e como é que ela deve proceder da próxima vez”, esclarece.
MUITA EMOÇÃO
Conhecido por não esconder a emoção durante as avaliações dos candidatos, Tiago conta que tem se emocionado nessa nova temporada. “Mas como só gravamos a primeira fase, o mais ‘difícil’ ainda virá”, indica. E o que o público pode esperar desse novo ‘The Voice Brasil’? “Técnicos bem mais exigentes, vozes mais autocríticas e preparadas. Como a gente diria no esporte, uma temporada ‘cascuda’ ”, promete.
É como bater um pênalti. Os candidatos têm um minuto e meio para cantar com os técnicos de costas e têm que acertar” TIAGO LEIFERT, apresentador