O Dia

Fã fez quadro com carta que recebeu do líder do The Who e não perde show por nada

Francisco escreveu para o músico em 1983 e recebeu resposta

- RICARDO SCHOTT ricardo.schott@odia.com.br

FFã do Who desde a adolescênc­ia, Francisco exibe a carta enviada por Townshend ã do The Who (que toca hoje no Rock In Rio) desde a adolescênc­ia, o engenheiro Francisco Almeida, 66 anos, tem em seu apartament­o, no Leme, uma das melhores lembranças que um admirador da banda britânica poderia querer: uma carta, endereçada a ele, escrita pelo próprio líder do grupo, o guitarrist­a e compositor Pete Townshend, em 1983. O papel veio timbrado com as iniciais de Pete em alto-relevo.

A correspond­ência foi a resposta a uma carta que Francisco tinha enviado ao músico, quando começou a ouvir falar que The Who iria acabar e que Pete tinha desistido da música e voltado a usar drogas. Pete tinha feito tratamento de desintoxic­ação havia alguns anos.

“Mandei uma carta para a gravadora do Who perguntand­o a ele sobre o fim da banda e pedindo a ele para não cair nessa de cocaína e bebida de novo. Achei que ele nem fosse responder, mandei em fevereiro de 1983 e a resposta chegou lá para outubro. Quase caí para trás, porque ele tinha mesmo lido minha carta e ainda pedia desculpas pela demora!”, espanta-se Francisco, que emoldurou o papel original e pendurou o quadro na parede de seu quarto.

“Caro Francisco. Obrigado por sua carta de 3 de fevereiro. Temo ter demorado demais para responder e espero que você não tenha desistido de mim”, escreveu Pete, numa simplicida­de que impression­a o engenheiro até hoje. “Posso te assegurar que, seja lá que rumores você tenha ouvido, o Who não fará mais shows ao vivo comigo, mas não desisti da música. Só estou descansand­o um pouco”.

Francisco assistiu ao show do Who no São Paulo Trip, na quinta-feira passada, e será um dos fãs da banda a ver o grupo no Palco Mundo do Rock In Rio, antes do Guns N’ Roses. Está louco para ouvir canções como ‘My Generation’, do comecinho da banda. Mas não são seus primeiros shows do grupo de Pete Townshend e do cantor Roger Daltrey: ele já tinha visto o Who duas vezes em 2004, e na mesma semana, em Londres — um no The Forum e o outro no Royal Albert Hall, onde ele foi ao camarim e conseguiu um autógrafo do então tecladista do grupo, John Bundrick.

“E, agora, tenho que ver o Who de novo duas vezes. É a hora. Eles estão bem velhinhos!”, completa o fã.

Promover a inclusão de pessoas com deficiênci­a na sociedade. É com este objetivo que a Subsecreta­ria da PcD (SUBPD) da prefeitura do Rio de Janeiro trabalha, por meio de centros de referência, espalhados em vários bairros da cidade. Entre as diversas ações, as equipes desenvolve­m acessibili­dade atitudinal e no meio ambiente, reabilitaç­ão, inclusão no mercado de trabalho e prática de esportes.

Um dos destaques é o Centro Municipal de Referência da Pessoa com Deficiênci­a (CMRPD) CIAD Mestre Candeia, que fica no Centro do Rio. Com 170 usuários, aproximada­mente, a unidade chega a prestar cercade1.000atendim­entos mensais em diversas especialid­ades e atividades: fisioterap­ia, fonoaudiol­ogia, psicologia, terapia ocupaciona­l, Silvéria Ferreira, com deficiênci­a visual, trabalha no Laboratóri­o de Tecnologia Assistida para cegos.

musicotera­pia, psicopedag­ogia,oficinas,teatro,dança, laboratóri­o de tecnologia assistida, educação física, Braille, neurologia, nutrição, assistênci­a social, entre outras. “Atendemos desde o bebezinho, que acaba de receber o diagnóstic­o de deficiênci­a, até o adulto, que chega aqui com sequela de AVC, por exemplo”, explica Roberta Malheiros, fonoaudiól­oga e supervisor­a técnica do centro de referência.

DEMANDA POR AUTISMO É DIFERENCIA­L

O CMRPD já teve um centro de tratamento para o autismo, por isso ainda mantém o diferencia­l de atendiment­o para esta deficiênci­a. “As crianças estão recebendo o diagnóstic­o cada vez mais cedo. Dessa forma, a procura de terapia tem aumentado bastante nos últimos anos. Hoje, quase metade de nossos atendiment­os são para pessoas com autismo. A nossa intenção é expandir o serviço no futuro”, destaca a supervisor­a. A neurologis­ta Eliane Silva ressalta que, atualmente, a demanda por autismo chega a ser mais frequente do que por Síndrome de Down e paralisia cerebral. “Para os especialis­tas, esse aumento se deve ao diagnóstic­o mais apurado”, afirma.

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ARQUIVO PESSOAL
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O menino Felipe Victoria, que tem autismo, durante uma sessão de musicotera­pia.

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