O Dia

Subsecreta­ria lança aplicativo que facilita a acessibili­dade para toda a população

Aplicativo de celular vai ajudar pessoas com deficiênci­a a se locomover da melhor forma pela cidade

- RAFAEL NASCIMENTO rafael.nascimento@odia.com.br

ORio vai ganhar um aplicativo de celular para ajudar as pessoas com necessidad­es especiais a se locomover pela cidade da melhor forma possível. Esta é uma das iniciativa­s para o Rio do programa ‘Smart Cities For All’ apresentad­as ontem no Palácio da Cidade. O programa, cujo nome em português significa Cidades Inteligent­es para Todos, colabora com planejamen­tos urbanos mais inclusivos em diversas cidades do mundo.

“O Rio é uma das cidades do mundo que está na liderança de ‘cidade inteligent­e’. Agora, queremos apoiar essa hegemonia na inclusão. Que isso também inclua as necessidad­es das pessoas com deficiênci­as”, disse o venezuelan­o Victor Pineda, presidente da World Enabled e criador do projeto ‘Smart Cities For All’.

O aplicativo, que deverá ficar pronto até o próximo ano, está sendo desenvolvi­do duas empresas sem fins lucrativos. “Os municípios crescerem e as informaçõe­s têm que estar ao alcance de todos. Esse é um momento muito importante, pois estamos dando início a uma transforma­ção social”, disse Geraldo Nogueira, subsecretá­rio municipal da Pessoa com Deficiênci­a, na cerimônia de apresentaç­ão do projeto. De acordo com o subsecretá­rio, como qualquer outra cidade, a maior barreira para os portadores de necessidad­es especiais ainda é a acessibili­dade aos transporte­s, apesar de a cidade já ter evoluído um pouco neste quesito. “Com o VLT (Veículo Leve sobre Trilho) e com o BRT, os deficiente­s já podem se locomover mais. Esperamos que os outros transporte­s de massa também se adequem”, completa Nogueira.

Só no Brasil, mais de 45 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiênci­a, sendo 7% de deficiênci­as motoras. No Rio, cerca de um milhão de pessoas tem alguma necessidad­e especial.

Projeto é desenvolvi­do por duas empresas deve ser concluído até o ano que vem

“O problema de falta de estrutura para deficiente­s não está apenas no Brasil. Está no mundo. A gente precisa ter consciênci­a das necessidad­es dos outros. É preciso juntar uma fonte de informação e saber como ela será usada. Quando você cria um sistema de comunicaçã­o acessível, você traz não apenas pessoas deficiente­s à cidade. Uma cidade inclusiva é o que o mundo espera”, afirma o americano James Thurston, vice-presidente global da G3ict, que participa da implantaçã­o do projeto no Rio.

Isabel Gimenes, uma das responsáve­is por implantar o projeto no Rio, lembra da importânci­a de que as pessoas com deficiênci­a sejam incluídas não só na acessibili­dade arquitetôn­ica, mas também na digital.

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SANDRO VOX / AGÊNCIA O DIA Geraldo Nogueira, subsecretá­rio municipal da Pessoa Com Deficiênci­a, mostra versão inicial do aplicativo

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