O Dia

ACABOU O JOGO DE COMPADRES

-

A decisão da Assembleia Legislativ­a de rejeitar as contas do Tribunal de Contas do Estado (TCE) encerrou, pelo menos por agora, um ciclo político em prol do jurídico pela primeira vez na história da Casa. Se comprovada irregulari­dades na gestão do ex-presidente Jonas Lopes, delator de esquema de corrupção na Corte, caberá ao Ministério Público promover a ação de improbidad­e.

Quais os principais efeitos da rejeição?

Passados os trâmites na Alerj, o relatório será encaminhad­o ao Ministério Público. Comprovada­s as irregulari­dades, o órgão promoverá ação de improbidad­e administra­tiva. Assim, há responsabi­lidade do gestor e de outros potenciais envolvidos com o ressarcime­nto dos cofres públicos.

O que representa essa decisão?

Na verdade, começamos a perceber que o controle financeiro da Assembleia

sobre o TCE era de compadre para compadre. A relação era amigável. Agora, deixou de ser política e foi para jurídica.

Isso cria um novo paradigma?

A conduta tem que ser essa. Ora, senão um juiz da vara de fazenda pública não poderia decidir contra o estado. O compromiss­o jurídico é funcional e não político. Isso é um ponto muito importante para a história do estado. Afinal, as soluções jurídicas têm que resolver as conjuntura­s que envolvem todo o estado.

 ?? DIVULGAÇÃO ??
DIVULGAÇÃO

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil