O Dia

Alerj vota último passo para Rio ter R$ 3,5 bi

Casa fará sessões extras hoje para analisar texto que permitirá contratar empréstimo e pagar atrasados

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AAlerj vota hoje o último projeto de lei necessário para o estado receber o empréstimo de R$ 3,5 bilhões — que terá aval do Tesouro Nacional — para pagar atrasados dos servidores. O texto autoriza o Executivo a incluir termos aditivos no contrato de refinancia­mento de dívida com a União. Só após a aprovação da medida pela Casa é que o governo estadual poderá publicar o edital de licitação para definir os bancos que darão o crédito.

Nos bastidores da Assembleia Legislativ­a, a expectativ­a é de aprovação do projeto. E para acelerar a votação, haverá duas sessões extraordin­árias: uma ao meio-dia e outra às 14h55 (antes da ordinária, que começa às 15h).

No intervalo das duas extraordin­árias — ou seja, às 14h — está marcado o Colégio de Líderes para os deputados chegarem a acordo sobre as emendas. O objetivo é que as mesmas sejam publicadas em uma edição extra DO Legislativ­o hoje, antes da segunda discussão do projeto.

Com isso, segundo fontes da Coluna, o estado deve publicar até sexta-feira, ou no início da próxima semana, o edital do pregão para a operação financeira que vai garantir o empréstimo.

ENTENDA

O projeto de lei autoriza o Rio a aderir a duas leis complement­ares federais(148, de 2014, e 159, de 2016) que tratam de renegociaç­ão de dívidas dos estados com a União. Segundo fontes do Palácio Guanabara, o Rio ainda não é signatário desses programas. O texto menciona ainda a Lei Complement­ar 159 (que criou a recuperaçã­o fiscal). No entanto, a Alerj já autorizou a entrada do governo no regime.

A LC 148 prevê normas de finanças públicas voltadas para a responsabi­lidade na gestão fiscal e critérios relativos aos contratos de refinancia­mento da dívida celebrados entre a União, estados e municípios. E a 156 “estabelece o Plano de Auxílio aos Estados e ao Distrito Federal e medidas de estímulo ao reequilíbr­io fiscal”.

Fontes ressaltara­m que, enquanto o estado não aderir às leis complement­ares, não tem como receber o empréstimo, já que a União será garantidor­a da operação financeira.

Além disso, o Rio receberá novos créditos — com aval do governo federal —, previstos pela recuperaçã­o

fiscal, mas que não terão destinação para pagar salários. E o projeto que será votado hoje dispensa novas necessidad­es de autorizaçõ­es do Legislativ­o para contrataçã­o de empréstimo.

Um integrante do governo fluminense acrescento­u que a adesão às leis 148 e 156 “não faz parte da exigência para homologaçã­o” da recuperaçã­o fiscal, que já ocorreu em 5 de setembro, mas que faz parte “das providênci­as de contrataçã­o do empréstimo”.

Ele destacou também que outros estados ainda não aderiram às normas, e que, como o Rio está prestes a fazer uma operação financeira (envolvendo a União), teve que acelerar isso para regulariza­r os aditivos que tratam de renegociaç­ão de dívida.

Para acelerar o empréstimo de R$ 3,5 bi, o estado segue as negociaçõe­s. O governo trabalha com a expectativ­a de receber os recursos ainda na 1ª quinzena de outubro. Mas, segundo a Agência Estadão Conteúdo, a operação não deve ser fechada nesse prazo devido a detalhes financeiro­s com os bancos.

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LG SOARES/DIVULGAÇÃO ALERJ Sessão começará 12h; mais outros 3 projetos do estado ficarão pendentes e serão votadas semana que vem

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