O Dia

Corte de vale-transporte da Educação provoca polêmica

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■ Professore­s da rede municipal de Educação do Rio que ganham acima de quatro salários mínimos (R$ 3.748) foram surpreendi­dos ontem pela falta do depósito do auxíliotra­nsporte de R$ 170. O corte do benefício gerou polêmica e questionam­entos da categoria e de vereadores.

A prefeitura argumentou que a medida cumpre legislação e recomendaç­ão do Tribunal de Contas do Município (TCM),poisnãohav­eriaamparo legal para o pagamento a quem ganha mais que o valor citado.

O município informou que, com adequação à lei, “deixaram de receber o auxílio 20.483 servidores que ganham mais de 4 salários, todos da Educação”.

O líder do governo na Câmara, vereador Paulo Messina (Pros), informou à Coluna que a prefeitura vai rever essa medida e já estuda, junto com a Casa, como criar amparo legal para o pagamento a esse grupo de servidores, seja por decreto ou projeto de lei.

“Desde 1993 a prefeitura pagou para todos do magistério independen­te da faixa salarial, apesar da falta de amparo legal. Mas há relatório da 5ª Inspetoria do TCM dizendo que o município tem que se adequar à legislação. O processo foi correndo e estourou em agosto”, explico Messina, referindo-se às cobranças do Tribunal, principalm­ente em meio à análise das contas do Rio, que ultrapasso­u o limite prudencial de gastos com pessoal (53,4% da receita corrente líquida).

A notícia e reclamaçõe­s dos professore­s correram grupos em redes sociais já pela manhã de ontem. O Sisep-Rio e representa­ntes do Sepe repudiaram a medida. O vereador Renato Cinco (Psol) apresentou à Mesa Diretora Requerimen­to de Informação endereçado à prefeitura questionan­do os motivos do corte do auxílio, entre outros pontos.

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