O Dia

POR UMA BOA CAUSA

Especialis­tas dão dicas de como fazer o diagnóstic­o e se prevenir da doença

- Da estagiária Nadedja Calado, sob supervisão de Claudio Souza

O rosa marca a luta contra o câncer de mama e, ao longo do mês, haverá uma série de ações para conscienti­zar as mulheres a respeito da doença e de sua prevenção. Michele e Monique, gêmeas do vôlei, apoiam a campanha.

Quando diagnostic­ado e tratado ainda em fase inicial, as chances de cura do câncer são maiores. Apoiamos a causa!” MICHELLE, jogadora do Fluminense

As mulheres devem estar sempre alertas e prevenidas, com os exames em dia, além de levar uma vida saudável, vale super a pena” MONIQUE, jogadora do Sesc-RJ

Quem olhar para o Morro do Corcovado no anoitecer de terça-feira verá um Cristo Redentor muito mais feminino: o monumento ganhará iluminação especial em homenagem ao Outubro Rosa, campanha de conscienti­zação sobre o câncer de mama. O movimento, criado em 1990 nos Estados Unidos, foi adotado pelo Brasil no início dos anos 2000 e hoje é celebrado mundialmen­te.

No país, o câncer de mama correspond­e a 28,1% dos novos casos da doença a cada ano. Segundo a especialis­ta Viviane Ferreira Esteves, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescent­e, da Fiocruz, qualquer mulher precisa ter atenção à doença, ainda que não tenha histórico da enfermidad­e na família.

“Os principais sintomas são nódulos endurecido­s, alterações na pele e nos mamilos, secreção e gânglios aumentados na região da axila. Mas o ideal é diagnostic­ar antes que os sintomas surjam, através da mamografia”, explicou.

A especialis­ta ressaltou que a recomendaç­ão atual é que a mulher observe e faça a autopalpaç­ão das mamas, sem a necessidad­e de um autoexame específico em determinad­a época, e procure um médico em caso de anormalida­de. “E mulheres de 50 a 69 anos devem fazer o exame a cada dois anos. Já mulheres com risco elevado devem ter seus casos avaliados por um especialis­ta” disse.

Várias mulheres aproveitam o mês para reforçar a campanha de conscienti­zação— neste ano, as madrinhas do movimento são a atriz Camila Pitanga e a modelo Fernanda Motta. As gêmeas do vôlei Monique (do Sesc-RJ) e Michele (do Fluminense) também apoiam: “As mulheres devem estar sempre alertas e prevenidas, com os exames sempre em dia, além de levar uma vida saudável, vale super a pena”, disse Monique. “Quando diagnostic­ado e tratado ainda em fase inicial, as chances de cura do câncer são maiores”, completou Michelle.

Para a artista plástica Geórgia Junksztejn, que sobreviveu a um câncer de estômago e hoje dá palestras e conversa com outras mulheres que passam por diversos tipos de câncer, a ocasião é importante para passar uma mensagem de positivida­de. “Ninguém tem o direito de desenganar ninguém, e todos devem lutar até o fim, ninguém sabe o que vai acontecer. E por mais difícil que pareça, quem passa por isso precisa saber que um dia esse momento vai virar passado. Sou a prova viva”, enfatizou.

 ??  ??
 ??  ?? As gêmeas do vôlei Michelle (Fluminense) e Monique (Sesc-RJ) estão juntas na campanha
As gêmeas do vôlei Michelle (Fluminense) e Monique (Sesc-RJ) estão juntas na campanha

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil