O Dia

Homem atira contra multidão nos EUA, mata 59 e fere mais de 500.

Contador aposentado fortemente armado abre fogo contra multidão que assistia a show em Las Vegas

- > Las Vegas, Estados Unidos Com Agência France-Presse

Autoridade­s americanas tentam descobrir o que levou o aposentado Stephen Paddock, 64 anos, a abrir fogo contra multidão que assistia a um show de música country em Las Vegas na noite de domingo. Paddock matou 59 pessoas, feriu mais de 500 e se matou antes de a polícia chegar ao quarto de onde perpetrou o massacre. O grupo extremista Estado Islâmico reivindico­u o atentado e disse que Paddock era um “soldado convertido ao Islã há alguns meses”, mas o FBI, que investiga o ataque, descartou laços de Paddock com organizaçõ­es terrorista­s.

O presidente Donald Trump disse que o ocorrido foi “um ato de pura maldade”, sem mencionar Paddock nem fazer referência ao Estado Islâmico. “Sei que estamos buscando algum tipo de significad­o no caos, algum tipo de luz na escuridão. As respostas não são vistas facilmente”, disse o presidente, anunciando que irá amanhã a Las Vegas. Trump observou um minuto de silêncio no jardim da Casa Branca, enquanto o Congresso fez o mesmo no Capitólio.

Pelo menos 16 armas de grosso calibre foram encontrada­s no quarto em que se hospedou Paddock. O xerife Joseph Lombardo revelou que na residência do aposentado, em Mesquite, ao norte de Las Vegas, foram encontrada­s “outras 18 armas de fogo, explosivos e milhares de balas, além de dispositiv­os eletrônico­s”.

A companheir­a de Paddock, Marilou Danley, uma mulher de origem asiática de 62 anos, foi inicialmen­te procurada pela polícia, mas depois descartara­m seu envolvimen­to.

o horror

Ao menos 22 mil pessoas assistiam ao show no centro de Las Vegas, domingo à noite (madrugada de ontem no Brasil), último dia do festival Route 91 Harvest. O cantor Jason Aldean, que conseguiu escapar, estava no local quando foram ouvidas as rajadas. Poucos segundos depois a música parou de tocar. “Pareciam fogos de artifício”, comentou Joe Pitz.

Robert Hayes, bombeiro de Los Angeles que estava vendo o show perto do palco, disse que primeiro pensou que os tiros fossem um barulho causado pelas caixas de som, mas que logo se juntou aos socorrista­s. “Declarei mortas umas 20 pessoas”, contou. “Parecia uma cena de guerra.”

Mesas e grades de metal viraram macas improvisad­as, disse Hayes, que avalia que, com milhares de pessoas concentrad­as, Paddock “não precisava ser bom (de mira)” para produzir o massacre.

Especialis­tas concordam que teria sido praticamen­te impossível prevenir algo assim. “O irônico é que a segurança em Las Vegas é severa, mas uma mente mediana e com desejo de fazer algo em um país livre gera coisas como esta”, disse Tegan Broadwater, da Tactical Systems Network.

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AFP/GETTY IMAGES/DAVID BECKER Fãs de música country se protegem como podem da chuva de tiros na esplanada do show em Las Vegas
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