O Dia

Comerciant­e é morto após assalto em Realengo

Três homens renderam José Heron, que teria sido confundido com um policial

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Ocomercian­te José Heron de Moraes, de 47 anos, foi morto a tiros em Realengo, na manhã de ontem, após um assalto. Segundo Pedro Vieira, 50 anos, irmão da vítima, três homens renderam José na Rua Anatole France, na porta da casa onde ele estava hospedado, enquanto esperava um carro do Uber que o levaria para visitar uma de suas filhas, internada para uma cirurgia de apendicite. Após a abordagem, um dos bandidos mandou que ele deitasse no chão e atirou sete vezes. A polícia investiga se Heron foi executado por ter sido confundido com um policial.

Ainda de acordo com Pedro, uma de suas irmãs e um cunhado viram o criminoso apontar a arma para Heron. “Minha irmã ia tentar impedir, mas meu cunhado não deixou para protegê-la”, contou Vieira. O comerciant­e morava em Bananeiras, na Paraíba, e saiu do Rio justamente pela violência.

“Ele se mudou por conta da falta de segurança, chegou ontem a noite (na segunda-feira) e aconteceu isso”, lamentou o irmão. Crime aconteceu na Rua Anatole France. A vítima chegou a ser levada para uma UPA, mas não resistiu

O motorista do Uber, que não quis ser identifica­do, chegou a socorrer o comerciant­e e levá-lo para a UPA Jardim Novo, sub-bairro de Realengo, mas ele não resistiu aos ferimentos. José Heron era casado e tinha duas

filhas. Até ontem, a família tentava agendar o enterro para o Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência.

O caso foi registrado na 33º DP (Realengo) e encaminhad­o para a Delegacia de Homicídios da Capital (DH).

De acordo com a Polícia Civil, a perícia foi realizada no local. Policiais buscaram imagens de câmeras que tenham flagrado a ação no entorno do crime e ouviram testemunha­s para tentar esclarecer o caso. Em mais um dia de operação policial na Cidade de Deus (CDD), o Bope apreendeu ontem, um fuzil, munição, dois rádios comunicado­res e drogas na comunidade. Por conta do intenso tiroteio na região, 19 unidades escolares fecharam as portas, deixando 5.101 alunos sem aula. As incursões se tornaram frequentes desde sexta-feira, por conta da morte do 105º policial neste ano.

O sargento do Bope, Adilson Ferreira Riça Filho, 40 anos, estava de folga quando foi rendido por criminosos, que seriam da Cidade de Deus, e teriam o reconhecid­o. O corpo foi encontrado dentro de um condomínio na Rua Paulo Moreira da Silva, na Taquara. O Disque Denúncia (98849-6099) oferece R$ 5 mil de recompensa para informaçõe­s sobre os assassinos do militar.

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REPRODUÇÃO WHATSAPP
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DIVULGAÇÃO / POLÍCIA CIVIL Quase uma tonelada de maconha apreendida após denúncia

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