SAMBA O ANO TODO
Novo modelo de gestão do Terreirão, com PPP, vai garantir novos eventos a partir do mês que vem
Palco das famosas batucadas na década de 90, o Terreirão do Samba, localizado no quarteirão que respira Carnaval, na Praça Onze, está sendo remodelado para receber samba o ano todo. Pela primeira vez, o local será gerido por uma Parceria Público Privada (PPP), o que vai garantir qualidade em infraestrutura em todos os eventos. Na programação farta, os cariocas terão prioridade e vão poder dar pitacos sobre o que querem assistir no espaço.
“Queremos fazer do Terreirão um lugar onde o samba seja respeitado e, por isso, vamos abrir uma consulta pública para que as pessoas enviem sugestões de programação”, explicou a secretária Municipal de Cultura, Nilcemar Nogueira. A pasta é a responsável por comandar o espaço, que, desde o ano passado, era ligado à Riotur. A ideia da secretaria é disponibilizar no site da prefeitura, uma página para receber o conteúdo da população.
Para começar com o pé direito, no Dia Nacional da Cultura, 5 de novembro, será o primeiro evento da nova gestão no Terreirão. Batizado de ‘Reocupação do Samba’, neste dia haverá shows com grandes ícones de raiz para reforçar o novo modelo de programação. E não para por ai, toda sexta-feira, ainda neste ano, o espaço será aberto para rodas de samba de graça. “Vamos trazer um artista consagrado para se apresentar com um novo talento e aproveitar o público na hora da saída do trabalho”, declarou Nilcemar.
Ao todo, a agência A Vera Eventos e Marketing, vencedora da licitação do Terreirão, organizará 11 eventos entre o fim de janeiro e 18 de fevereiro, incluindo todos os dias de carnaval.
O Terreirão é um espaço maravilhoso e que precisa ser aproveitado fora do Carnaval, inclusive para reforçar a cultura do Rio DORINA, sambista
OFICINAS DE CAPACITAÇÃO
E como um bom vizinho da Marquês de Sapucaí, o Terreirão também será palco de grandes encontros de baterias, passistas e baianas de todas as agremiações, com direito a festival de culinária típica do mundo do samba, como a feijoada e os caldos, no mesmo molde da tradicional Feira das Yabás, realizada em Madureira.
E para reforçar o quarteirão cultural, no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, em frente ao Terreirão, serão ministradas oficinas de capacitação e formação do Carnaval. O objetivo é qualificar mão de obra para trabalhar nas escolas de samba.
“A Praça Onze precisava disso novamente. O Terreirão é um espaço maravilhoso e que precisa ser aproveitado fora do Carnaval, inclusive para reforçar a cultura do Rio”, apontou a sambista Dorina, que teve seu discurso reforçado pelo baluarte da Mocidade, Tiãozinho.
“Vamos ter de volta nosso espaço para conversar e viver o samba. E o mais importante: compor. Quanto mais espaço tiver para o sambista, mais samba bonito vai aparecer”, completou.