Dizendo-se ameaçado por Cabral, Garotinho pede proteção policial a governador Pezão
■ Alegando ameaças de Sérgio Cabral, Anthony Garotinho (PR) protocolou ontem pedido de escolta policial ao governador Pezão (PMDB), que chegou ao Palácio Guanabara pelas mãos de... Cabral. No documento de quatro páginas entregue ao Gabinete Civil, Garotinho cita as denúncias contra o desafeto feitas à Justiça, diz que “segurança pública é dever do estado” e argumenta: “...considerando que o ex-governador Sérgio Cabral ainda não foi transferido para prisão noutra unidade da federação, quer-se que seja disponibilizada escolta pessoal para o requerente”.
Garotinho afirma que Cabral teria dito a colegas de cela, no presídio de Benfica, que “ainda iria urinar” em sua sepultura. No texto, ele pede que possa escolher os policiais que venham a fazer sua segurança pessoal.
Sem esquerda
■ Mal chegou ao PEN (futuro Patriota), Jair Bolsonaro já desagradou a colegas de partido. Uma das exigências para ir para a sigla era a proibição de coligações com legendas de esquerda. Presidente do PEN, Adilson Barroso alterou o próprio estatuto para atender ao pedido. Ocorre que o PEN já tinha alianças em alguns estados comandados pela esquerda, como o Maranhão — lá, tem inclusive cargo no primeiro escalão. “O acordo poderia valer daqui pra frente. Não nas alianças já feitas”, critica Walney Rocha (PEN-RJ), presidente do conselho nacional do partido.
Neskau nada doce
■ Outro atrito entre correligionários ocorre no PTB. Presidente estadual da legenda, Marcus Vinícius Neskau não gostou de ler, aqui na Coluna, que Cristiane Brasil discute o apoio do PTB à candidatura de Eduardo Paes (PMDB) ao governo. “Ela é presidente do diretório
municipal. Eu, do estadual. Na eleição do ano passado à prefeitura, não interferi no trabalho dela”.
Laços de família
■ Uma curiosidade: Cristiane é filha do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson. Já Neskau foi casado com outra filha de Jefferson, com quem tem três filhos.
Oposição reage
■ O vereador Junior da Lucinha (PMDB) entrará com Ação Civil Pública contra o reajuste do IPTU aprovado na Câmara Municipal. Alegará que o aumento imposto pela prefeitura pode caracterizar o confisco dos imóveis.
Justiça lenta
■ Está há dez meses na mesa do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, a decisão sobre o destino da prefeita de Iguaba Grande, Ana Grasiella (PP). Indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral, a posse ocorreu graças a uma liminar do STF.