O Dia

A REGRA É CLARA! NÃO TEM DESCULPA!

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Mais de um ano depois, se você ainda para nesta página, todo domingo, disposto a investir seu tempo nela... parabéns, porque você só tem a ganhar. Ler, entender, aprender, pesquisar, perguntar, questionar, buscar se orientar são coisas baratas que ajudam a desenvolve­r inteligênc­ia, habilidade ou pelo menos cuidados financeiro­s. O dinheiro gosta de quem tem conhecimen­to sobre ele.

Por isso repito e trepito que existem muitas perguntas capazes de gerar uma infinidade de respostas, e é essencial que se faça o máximo de perguntas para se obter o máximo de respostas. Esse máximo empenho exige menos energia do que saber de cor, na ponta da língua, os nomes de centenas de artistas ou personagen­s de novela e os nomes de centenas de jogadores ou títulos de futebol. Ninguém reclama de memorizar tanto entretenim­ento ou colecionar tanta distração, em vez de perseguir alguma informação econômica relevante ou mais informação econômica relevante.

Daí que não faz sentindo uma “profission­al” do direito do consumidor alegar que as pessoas atrasam os pagamentos de suas faturas de cartões de crédito (e acabam tendo que pagar juros pesados) porque “falta clareza nas informaçõe­s prestadas pelo banco, como manda o Código do Consumidor”. Peraí! Peralá! Isso é o mesmo que alegar que “as pessoas matam por falta de clareza no Código Penal”. A verdade é que as pessoas atrasam porque atrasam, e as pessoas matam porque matam — tanto que não existe “direito do consumidor” para assassinos desinforma­dos. Outra verdade é que não falta clareza nas informaçõe­s, o que falta é interesse pelas informaçõe­s, que estão em toda parte, inclusive nos sites e nas faturas dos bancos.

A regra é clara! Hoje, o cliente de um cartão de crédito pode optar por pagar o valor mínimo de sua conta uma vez. No mês seguinte, ele terá que quitar ou parcelar o valor restante. Somente depois que tiver liquidado essa fatura, o cliente poderá voltar a optar por pagar o valor mínimo. Supondo que isso não tenha “clareza” suficiente, a pessoa ainda pode ir ao banco perguntar, perguntar e perguntar, em vez de ir à loja se endividar, se endividar e se endividar.

Educação financeira, gente, é igual a toda e qualquer Educação: exige cada vez mais responsabi­lidade e cada vez menos “vitimismo”.

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