OBRA EMERGENCIAL VAI LEVAR 4 MESES
Contenção custará R$ 14,5 milhões e serviço só pode ser feito com maré baixa
As obras emergenciais na Praia da Macumba, no Recreio, devem durar quatro meses e não serão ainda uma solução definitiva para a erosão da orla pelo mar, que já destruiu o calçadão, a ciclovia e chega perto dos prédios. A informação é do secretário municipal de Conservação e Meio Ambiente, Jorge Felippe Neto, que explicou que o prazo “dilatado” se deve à dificuldade de atuação na área. “Os trabalhadores só podem trabalhar durante o dia e em maré baixa”, disse.
Serão instaladas esferas de concreto envoltas por uma camada plástica atrás e na frente do muro do calçadão e a área atingida será aterrada. O trabalho foi orçado em R$ 14,5 milhões. Ontem, foram instalados dois contêineres ao lado do trecho destruído, indicando o início da obra.
De acordo com Felippe Neto, a prefeitura procura ainda projetistas para apresentar uma solução definitiva para conter o avanço do mar sobre o calçadão, que, desde 2005, causou problemas sete vezes no local, segundo o secretário. “Seria preciso recompor a faixa de areia da praia e fazer um estaqueamento do calçadão para que isso não aconteça mais. Temos problemas de caixa que nos limitam, mas estamos estudando a viabilidade econômica do projeto”, explicou.
O secretário afirmou ainda que não é possível determinar se houve negligência de gestões municipais anteriores. Mas disse que vai investigar o histórico da região para averiguar se há medida legal cabível.
Moradora do Recreio há 13 anos, Sula Fiorette considera “frunstrante ver a interdição” da praia. Segundo o síndico de um dos prédios situados em frente à Praia da Macumba, Piero Carboni, muitos moradores planejam a mudança do imóvel. Carboni revelou que alguns moradores da região estão sem luz e sem água há pelo menos três dias, por causa dos danos da erosão à infraestrutura da orla.
A Defesa Civil garante que os imóveis nas proximidades não correm riscos estruturais, mas interditou parte da orla depois de dois quiosques serem ‘engolidos’.
Há moradores sem luz e sem água há pelo menos três dias na Praia da Macumba