Leblon é o lugar mais caro da cidade para aluguel
Pesquisa lista os dez bairros do Rio de Janeiro com valores mais altos para locação
Quem procura imóvel para alugar, principalmente na Zona Sul, pode encontrar preços acima do desejado. E, mesmo assim, segundo pesquisa do Portal Viva Real, o preço nominal médio do metro quadrado para aluguel no Rio de Janeiro atingiu R$ 30,21 no terceiro trimestre deste ano, uma desvalorização de 4,5% em relação ao segundo trimestre de 2017. Leblon, aponta a pesquisa, foi o bairro mais caro para locação (R$ 57,89/m²), com preços 91,62% acima da média da cidade. No ranking, depois do Leblon, estão Ipanema (R$ 56,82/m²), Lagoa (R$ 45,58/m²), Gávea (R$ 42,22/ m²), Botafogo (R$ 41,43/m²), Jardim Botânico (R$ 41,42/ m²), Leme (R$ 40,00/m²), Copacabana (R$ 38,89/m²), Humaitá (R$ 38,83/m²) e São Conrado (R$ 37,11/m²).
Na unidade de Inteligência Imobiliária da Apsa, a visão é semelhante, afirma Giovani Oliveira, gerentegeral de locação e compra e venda. “A Zona Sul sempre teve os maiores valores de aluguel e permanece nesta situação. No entanto, pelos nossos estudos, a taxa de vacância está alta, atingindo 13,6% em setembro, e segue com tendência de alta desde o início do ano”, diz. Ele ressalta que o mercado ainda está muito atraído, com volume de imóveis disponíveis crescente e bem superior à demanda. “Temos investido em atendimento e serviços para facilitar a vida de locadores e locatários. Com isso, o volume de negócios cresceu cerca de 20% com relação a 2016, embora o valor do aluguel médio destas novas locações seja bem inferior ao outrora praticado”, ressalta.
Edison Parente Neto, vice-presidente Comercial da Renascença Administradora, concorda que o número de unidades vagas é alto, mas reforça que os proprietários estão percebendo a importância de negociar valores para evitar que o imóvel fique vazio por muito tempo. “Nós tivemos um aumento de 40% no número de unidades alugadas porque os proprietários estão mais flexíveis. Eles estão percebendo que é melhor reduzir o valor do que ficar arcando com custos de condomínio, IPTU e conservação do bem”, lembra. Sobre o ranking dos bairros mais caros, Neto reforça que a Zona Sul mantém o padrão de ser a região mais cara. “Praias, mais acesso aos serviços públicos e mais segurança, embora hoje vivamos uma situação caótica no Rio de Janeiro, são fatores que contribuem para a alta no valor do aluguel”, comenta.
Aos interessados em alugar, Giovani Oliveira dá dicas: “Recomendo buscar o imóvel que mais se aproxime do conjunto de necessidades, negociar uma boa proposta e ter nas mãos a documentação normalmente exigida para agilizar a análise e a aprovação da locação”. Ao proprietário, ele sugere escolher uma imobiliária de confiança e ter mais flexibilidade para estudar propostas. N Condomínios com serviços se espalham pela cidade. Hoje, as áreas de lazer chegam a ter mais de dez espaços, e as piscinas contam com raia de 25 metros. É diversão sem sair de casa. A segurança da portaria e a vaga de garagem também são determinantes. Além disso, é preciso atenção à documentação, que muitas vezes é fator impeditivo para o fechamento de uma negociação. Ter ciência da regularidade dos papéis tranquiliza o comprador.