O Dia

MEDIDAS SOFRERÃO RESISTÊNCI­AS DO LEGISLATIV­O

Dados conflitant­es sobre rombo serão os principais questionam­entos

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● A Prefeitura do Rio enfrentará muita resistênci­a do Legislativ­o e dos servidores contra a taxação em 11% de inativos. Apesar de nos bastidores da Câmara afirmarem que há maioria para aprovar o projeto — que ainda será enviado pelo Executivo —, muitos questionam­entos são feitos. E a principal crítica são os dados conflitant­es sobre o déficit da previdênci­a: enquanto em maio a atual presidênci­a do Previ-Rio apresentav­a saldo negativo de R$ 600 milhões para 2017, a direção anterior apontava rombo maior, de R$ 2,5 bilhões.

Para o presidente da CPI do Funprevi, vereador Paulo Pinheiro (Psol), “taxar inativo não resolverá o problema do Funprevi”. Além disso, ele pediu que os números sejam esclarecid­os.

Dados do gabinete de Pinheiro revelam que há diferenças de conceitos nos cálculos. Ao contrário do presidente anterior, Luiz Alfredo Salomão, Louro não inclui na conta as receitas que se prestariam para capitaliza­r o fundo, no caso, a contribuiç­ão suplementa­r patronal e os royalties de petróleo. Salomão ressaltou, em audiência na Câmara, que “capitaliza­ção é capitaliza­ção, não é receita corrente” e, por isso, a conta chega a R$ 2,5 bilhões.

O líder do governo na Casa, Paulo Messina (Pros), argumenta que a taxação é aplicação da lei, e que só atingirá 10% de inativos, sendo ainda os maiores salários.

“Desde 2003 que a emenda obriga o desconto previdenci­ário. A prefeitura decidiu que não haveria, mas, com isso, não beneficiou a todos. E não existe almoço grátis. Alguém paga a conta de, por exemplo, procurador­es e fiscais da receita não contribuír­em para a previdênci­a. E são os servidores que recebem menos que pagam, como merendeiro­s e professore­s”, defendeu Messina, que afastou a possibilid­ade de aumento da alíquota de ativos de 11% para 14%.

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