Ajuda à PM: deputados repassam R$ 83 milhões
Dinheiro será para a infraestrutura da corporação. Ontem, foi enterrado em Sulacap o coronel Luiz Gustavo, morto a tiros no Méier (foto). Um dos criminosos que estavam na abordagem foi identificado. Reação a assalto em Itaguaí resultou no 113º PM morto es
Abancada federal do Rio aprovou, ontem, R$ 81,2 milhões para a infraestrutura da Polícia Militar por meio de emendas parlamentares. O dinheiro estará disponível para o exercício fiscal de 2018. A informação foi confirmada pelo DIA com o comandante-geral da corporação, coronel Wolney Dias.
Cinco deputados federais destinaram individualmente à corporação mais quase R$ 2 milhões em verbas federais a que têm direito por emendas parlamentares, aumentando portanto para cerca de R$ 83 milhões a quantia destinada à PM. O deputado Jair Bolsonaro (PSC), que tem grande eleitorado militar, não deu apoio à corporação com dinheiro que ele poderia, por emenda, destinar. “O valor foi recorde e conseguimos após bater de porta em porta em Brasília apresentando projetos. Em 2016, para se ter ideia, o valor foi de somente R$ 2 milhões”, afirmou o major Michel Oliveira, assessor parlamentar da PM.
A notícia da destinação das emendas veio no dia do enterro do comandante do 3º BPM (Méier), coronel Luiz Gustavo Teixeira, assassinado na sua área de atuação e na véspera do sepultamento do cabo Djalma Veríssimo Pequeno. Ambos foram mortos em tentativas de assalto, com uma diferença de três horas. Ontem, foi morto o cabo Sandro Ribeiro Lopes, lotado no 23° BPM (Leblon), o 113º PM assassinado neste ano. Ele tentou impedir um assalto em Itaguaí e morreu baleado.
A Polícia Civil identificou Matheus do Espírito Santo Severiano, 22 anos, como o homem que fez disparos contra o carro do coronel. Ele irá responder por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha, pelo crime contra os dois policiais.
Severiano havia sido preso em dezembro de 2016 por associação ao tráfico e tráfico de drogas, mas teve em junho passado sua prisão preventiva revogada. Na decisão, a juíza Ana Helena Valle acatou pedido do Ministério Público pela sua soltura, assim como o da Defensoria Pública, que disse: “não há nenhum perigo em o acusado ficar em liberdade”.
O delegado Breno Carnevalle, que está à frente das investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DH), descartou a possibilidade de o coronel Teixeira ter sido alvo de execução. Conforme O DIA noticiou ontem, a polícia acredita que ele tenha sido morto com uma pistola kit rajada, capaz de disparar 32 tiros de uma só vez. “Qualquer informação do paradeiro do Matheus, por favor entre em contato”, disse Carnevalle.