PREÇO ALTO SEGURANÇA ZERO
Carros brasileiros são caros, mas não garantem proteção. após o Chevrolet onix, o Ford Ka é o novo zero estrelas no Latin NCaP. Veículos estão entre os mais vendidos
OFord Ka não obteve nenhuma estrela na proteção para adultos em bateria de testes feita neste mês pelo Programa de Avaliação de Veículos Novos para a América Latina e o Caribe, o Latin NCAP. Para as crianças, o compacto Ford obteve três estrelas. Ele é o terceiro veículo mais vendido do Brasil e teve um desempenho tão ruim quanto o Chevrolet Onix, o mais vendido do país.
De acordo com o relatório do Latin NCAP, no impacto lateral do Ford Ka, as leituras do dummy (o boneco utilizado nos testes) mostraram proteção boa para a cabeça e a pélvis, proteção adequada para o abdome e proteção pobre para o peito, gerando um resultado de zero estrela. O veículo não proporciona airbags laterais, não conta com reforços estruturais para o impacto lateral nas portas nem com elementos de absorção de energia para a pelve na porta ou nos painéis interiores dela.
O veículo apresentou uma alta penetração da barreira móvel, causando um alto deslocamento do pilar B, fato que questiona a capacidade do carro de oferecer melhor proteção lateral mesmo tendo airbags laterais. A porta traseira do lado do impacto foi aberta no teste de impacto lateral, expondo os passageiros a um perigo mais grave. O carro não possui Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC) padrão (de série em todas as versões).
Foi observado, ainda no teste do Ford Ka, que o compacto brasileiro, produzido em Camaçari (BA), não foi aprovado conforme a norma básica de proteção contra impactos laterais das Nações Unidas (UN95), obrigatória na Europa desde 1995.
A proteção para crianças foi considerada aceitável pela entidade independente, apesar de que no teste de impacto lateral a porta traseira se abriu. O compacto não oferece para os ocupantes do banco traseiro cintos de segurança de três pontos em todas as posições, somente o parte das companhias, que sabem, bem ao certo, como produzir automóveis bem mais seguros”, argumenta.
Segundo ele, esse resultado negativo deveria servir como uma lição para os governos, já que alguns fabricantes ainda não conseguem proporcionar níveis mínimos de segurança voluntariamente. “Portanto, o Latin NCAP faz questão de solicitar a todos os governos da América Latina a adotar, de forma urgente, a certificação padrão do teste de batida frontal e lateral da ONU e que, enquanto isso, os testes do Latin NCAP sejam obrigatórios para todos os carros. Com isso, todos os consumidores terão informação clara sobre a segurança oferecida pelo veículo que desejem comprar”, explica.