O Dia

‘ANO QUE VEM SERÁ MELHOR’

- paulo.cappelli@odia.com.br PAULO CAPPELLI

Vereador com ótimo trânsito na Câmara Municipal, Paulo Messina (Pros) foi essencial para que o prefeito Marcelo Crivella (PRB) conseguiss­e aprovar o reajuste do IPTU. Líder do governo no Parlamento carioca, o professor, que tem como bandeira a Educação, já usou a tribuna para criticar duramente o... próprio governo. O alvo foi César Benjamin, secretário de Educação. Aliás, o atrito de vereadores da base com o secretaria­do de Crivella tem sido a tônica destes dez meses na Câmara.

ODIA: Qual foi o principal acerto do governo nestes dez meses?

MESSINA: O nosso governo teve o ônus de pegar a prefeitura com um orçamento com déficit de R$ 3 bilhões, com queda de arrecadaçã­o, com dívidas e várias bombas-relógio para estourar. Os dez meses de governo foram essencialm­ente voltados para a questão fiscal. O governo fez o dever de casa de for- ma perfeita. Cortamos gas- tos, renegociam­os a dívida e aumentamos a receita.

E o principal erro? Não ter feito a transição (da gestão Paes para a gestão Crivella) da forma como ela deveria ter sido feita. Demorou-se muito. Aquele decreto que demitiu vários servidores no início do ano... aquilo deu uma paralisada na prefeitura.

Há um atrito entre a base do governo na Câmara e o secretaria­do de Crivella. Vereadores reclamam da secretária de Fazenda, Maria Eduarda Gouvêa, do de Infraestru­tura, Indio da Costa. Reclamavam do ex de Conservaçã­o Rubens Teixeira, que foi parar na Comlurb. Você mesmo já criticou o de Educação, César Benjamin. Não é muito fogo amigo?

Cada caso foi uma situação diferente. O atrito entre o Carlos Eduardo (SD) e a secretária de Fazenda foi pelos interesses de cada um. A Fazenda tem uma preocupaçã­o com o controle de gastos, e o Carlos Eduardo pressiona pelo pagamento das OSs para que as clínicas e postos não entrem em greve. O Rubens Teixeira teve um lado político e um lado técnico. Vereadores estavam preocupado­s que ele usasse a pasta para se candidatar e concorrer no reduto deles. Na parte técnica, contratos não renovados na gestão anterior prejudicar­am a secretaria. Em relação ao Indio, o Rocal (PTB) tem uma reclamação republican­a em relação a obras. O governo anterior interrompe­u obras no ano passado. O Rocal pleiteia a retomada dessas obras na área dele.

E o César Benjamin? (Risos) Vou responder agora não como líder do governo, mas como vereador. Acho o César capaz de tocar a Secretaria de Educação, mas ainda há muitas pessoas que estão lá desde a época dos governos anteriores. Pessoas que têm aquela mesma forma de fazer as coisas. Não dá para, com as mesmas pessoas, esperar resultados diferentes. O César tem que deixar a marca dele.

Ano que vem será um ano menos conflituos­o na Câmara?

Ano que vem será um ano melhor para a cidade toda. Este ano foi de grande esforço fiscal. No ano que vem, todos esses esforços vão dar resultado.

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