O Dia

HORROR SOBRE RODAS mata no coração de NY

Pelo menos oito pessoas morrem em mega-atropelame­nto no sul de Manhattan

- > Nova York, Estados Unidos

Eo terrorismo na forma de atropelame­nto chegou aos Estados Unidos. Eram 15h06 da tarde de ontem, 17h06 no horário de Brasília, quando uma caminhonet­e alugada invadiu uma ciclovia no sul de Manhattan e passou por cima de dezenas de pessoas. Até o fechamento desta edição, eram oito mortos e 12 feridos. O veículo só parou ao bater num ônibus escolar um quilômetro e meio depois, a dois quarteirõe­s do World Trade Center. O agressor, que tinha armas de brinquedo, acabou baleado e detido. Ele seria um uzbeque de 29 anos, residente da cidade vizinha de Nova Jersey.

“Em NYC parece ser outro ataque de uma pessoa muito doente e perturbada”, tuitou o presidente Donald Trump, instantes depois do ataque. “As autoridade­s acompanham isto de perto. NÃO NOS EUA!”, vociferou. Horas depois, Trump se explicou. “Nós não podemos permitir ao Estado Islâmico retornar ou entrar em nosso país após o termos derrotado no Oriente Médio e em outros lugares. Basta!”, escreveu.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, denominou o ataque de “ato de terror”, mas as autoridade­s não vincularam definitiva­mente o suspeito com o EI. “Isto foi dirigido a civis inocentes, dirigido a pessoas que vivem suas vidas e que não tinham ideia do que iria ocorrer. Neste momento sabemos que oito pessoas inocentes perderam suas vidas e que mais de dez estão feridas”, lamentou De Blasio.

Segundo testemunha­s, o agressor jogou sua caminhonet­e contra ciclistas e pedestres e gritou “Allahu Akbar” (Deus é grande, em árabe) ao sair da caminhonet­e depois da batida contra o ônibus escolar, que deixou dois adultos e duas crianças feridas. Os policiais verificara­m posteriorm­ente que uma das armas era de pressão (chumbinho) e a outra, de paintball.

SUL DA ILHA BLOQUEADO

Pais preocupado­s tentavam cruzar as ruas bloqueadas à procura dos filhos ou aguardavam inquietos na porta de uma escola primária onde a saída dos alunos foi retardada por questão de segurança. “Vi que dois veículos, um branco e um micro-ônibus, se chocaram. Dois homens queriam brigar na rua. Um tinha duas pistolas, uma em cada mão, e no fim chegou a polícia. Escutamos três tiros”, declarou Manuel Calle, 46 anos, que trabalha em um restaurant­e

Este foi o primeiro ato vinculado ao terrorismo em Nova York desde a explosão de uma bomba artesanal, em setembro de 2016, em Chelsea, que deixou 31 feridos leves. A última vez que um ataque deixou mortos em Nova York foi no 11 de Setembro, quando três mil perderam a vida no choque dos aviões contra as Torres Gêmeas, em 2001.

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AFP/DON EMMERT Peritos inspeciona­m a caminhonet­e alugada pelo jovem uzbeque na esquina das ruas Chambers e West, a poucos metros do World Trade Center
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AFP/DON EMMERT Uma das bicicletas atingidas pelo veículo no ataque da ciclovia
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Sayfullo Saipov, apontado pela imprensa como autor

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