Ajuste prometido com regime fiscal é de R$ 63 bilhões
■ A operação de crédito é prevista no Regime de Recuperação Fiscal do Rio. O acordo foi homologado no dia 5 de setembro pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia ( DEM -RJ), que estava interinamente na Presidência da República. O plano tem duração de 36 meses (três anos) e pode ser prorrogado pelo mesmo período.
A promessa de ajuste (com aumento de receitas e corte de despesas) nas contas fluminenses é de R$ 63 bilhões nos três anos. O efeito mais imediato de todas as medidas é a suspensão do pagamento da dívida: o que vai gerar impacto positivo de R$ 29,6 bilhões.
Também no período de três anos, o aumento de receitas será R$ 22,6 bilhões, e os cortes de gastos vai gerar economia de R$ 4,7 bilhões. E, ao todo, o Rio receberá R$ 11,1 bilhões em empréstimos. Nessas operações incluemse a para pagar folhas atrasadas ( R$ 2,9 bilhões) e outros para financiar Programa de Demissão Voluntária (PDV) em estatais e a modernização da máquina de arrecadação da Secretaria de Fazenda.
O empréstimo de R$ 2,9 bilhões que terá as ações da Cedae em contragarantia causou indignação entre os trabalhadores da companhia, que temem demissões com a venda da estatal. Inclusive, os funcionários protestaram na quarta-feira em frente ao Palácio Guanabara e também dentro do leilão.