Pezão promete pagar 13º de 2017 até meados de janeiro
Após garantir que zera todas as dívidas com os servidores ainda este mês, com o dinheiro emprestado por banco francês, governador do Rio diz que o estado não deve mais atrasar os vencimentos no ano que vem.
Após quase dois anos de atrasos salariais, o funcionalismo estadual poderá voltar a ter estabilidade a partir de 2018. Foi o que disse ontem, pela manhã, à Rádio Tupi, o governador Luiz Fernando Pezão, ressaltando que depois de quitar as folhas acumuladas e os vencimentos de outubro, será tudo creditado em dia. Além disso, ele afirmou que se o décimo terceiro deste ano não for pago ainda em dezembro, será depositado até meados de janeiro de 2018.
À Coluna, Pezão reafirmou suas declarações, mostrando otimismo a partir da chegada do empréstimo de R$ 2,9 bilhões ao estado: “O cenário vai melhorar muito. Vamos ter um final de ano bem melhor do que os outros anos. Será um 2018 com muito mais previsibilidade”.
O pregão que ocorreu na quarta- feira definiu o BNP Paribas como o banco a participar da operação de crédito, que terá aval da União e ações da Cedae em contragarantia.
Agora, Pezão articula para que parte dos recursos (R$ 2 bilhões) chegue logo em novembro para acertar todos os débitos com os servidores (13º de 2016, agosto e setembro) este mês.
“Ontem mesmo, após o leilão, falei com o presidente Michel Temer e os ministros Henrique Meireles (Fazenda) e Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência). Agora, há um prazo legal de três dias úteis para que sejam apresentados recursos, e depois irei a Brasília para pegar o aval da União. Estamos correndo com todas as etapas para vencer a burocracia. Quero muito chegar ao fim de novembro com todos os salários em dia”, declarou o governador.
EXPECTATIVA PELO 13º DE 2017
Na quarta, após o pregão dos bancos no Palácio Guanabara, o secretário de Fazenda, Gustavo Barbosa, já sinalizava haver possibilidade de quitar o 13º de 2017 dentro do prazo legal, que seria dezembro. Barbosa mostrou otimismo em relação à arrecadação e ao fluxo de caixa permitido com o recebimento dos R$ 2,9 bilhões.
Pela regra do edital, a previsão é de que R$ 2 bilhões ( em dois depósitos, um de R$ 1 bilhão, e outro de R$ 1 bilhão) estejam disponíveis no caixa do Rio no mesmo período e pouco tempo tempo após a assinatura do contrato de empréstimo. Já os R$ 900 milhões têm prazo de chegada de até 60 dias após essa assinatura.