O Dia

CAIU NA

- BERNARDO COSTA bernardo.costa@odia.com.br

Edgar Moura se desdobrava entre bicos como garçom e no atendiment­o aos clientes do pai, que trabalha com reparos em computador­es, quando foi marcado num grupo do Facebook. Em apenas seis meses, ele formou a própria clientela, criou a sua empresa e conquistou a independên­cia financeira. O comentário positivo foi postado no ‘Indico na Tijuca’, que vem impulsiona­ndo negócios de empreended­ores da região a partir das demandas e avaliações dos moradores do bairro há dois anos. Os serviços de Edgar, que antes atendiam a dezenas de moradores da Tijuca, passaram a contar com um universo de 35 mil potenciais clientes.

Eles representa­m a quantidade de membros do grupo, que cresce numa proporção de cerca de mil usuários por semana. Desde que teve o perfil marcado no grupo, Edgar conta que o celular não parou mais de tocar. Em pouco tempo, a história se inverteu. E o pai, que lhe ensinou informátic­a, passou ajudá-lo com os novos clientes. A esposa tornou-se secretária da empresa Ed Moura e vem aprendendo o ofício.

Os três moram juntos na Rua General Rocca e já trocaram geladeira, máquina de lavar e parte dos móveis do apartament­o de cerca de 24 metros quadrados em que vivem. “A partir da primeira indicação, um cliente foi puxando o outro e o volume de trabalho cresceu em grande proporção. Hoje, tenho mais de 100 clientes e posso viver exclusivam­ente do que amo. Às vezes, eles batem na porta da minha casa pedindo algum serviço, de surpresa”, conta o técnico de informátic­a.

Por dia, são cerca de 100 postagens no ‘Indico na Tijuca’, com pedidos de indicações de profission­ais e mensagens com avaliações de clientes. Na descrição, a mensagem: ‘estamos cansados de ser enganados, vamos compartilh­ar os bons exemplos!’. Os 35 mil membros se engajaram na proposta e o grupo se tornou referência. “É um pedido de socorro por serviços de qualidade no bairro”, diz Rodrigo Viana, de 35 anos, que criou o grupo.

Diante de uma centena de indicações diárias, o gru-

Graças às indicações no grupo, hoje eu posso viver exclusivam­ente do meu trabalho. Penso até em abrir uma loja de informátic­a EDGAR MOURA, técnico de computação

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