O Dia

Justiça exige explicaçõe­s sobre a urna 7

Vasco tem 48 horas para apresentar comprovant­es de pagamento de sócios colocados sob suspeita na eleição

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Eu quero adiantar que todos os documentos que estão na decisão vão ser fornecidos, sem qualquer problema”

EURICO MIRANDA Sem a polêmica urna, a chapa de Julio Brant seria a vencedora com 1.935 votos,ea de Eurico, a segunda, com 1.683

Ajuíza Maria Cecília Pinto Gonçalves, da 52ª Vara Cível do Rio, deu prazo ontem de 48 horas para o Vasco apresentar os comprovant­es de pagamento de todos os associados que votaram na urna 7 — sócios que se regulariza­ram no fim do prazo para que pudessem participar do processo. Também determinou que conste na ata da eleição de terça-feira que a urna está sub júdice, o que, no momento, impede a declaração de vitória de Eurico Miranda.

Na decisão da magistrada, também consta a necessidad­e de apresentaç­ão do caderno de votação da urna impugnada, com o nome dos 475 eleitores presentes à votação.

“Eu quero adiantar que todos os documentos que estão na decisão vão ser fornecidos, sem qualquer problema, além dos comprovant­es de que o dinheiro está contabiliz­ado. É o que vai acontecer”, afirmou Eurico Miranda, em entrevista coletiva, em São Januário. Ele garantiu que o processo eleitoral “foi feito com a maior transparên­cia, inclusive a apuração”.

Ao falar sobre as supostas irregulari­dades nos cadastros dos sócios da polêmica urna, o atual presidente apresentou as fichas dos ídolos Edmundo, Pedrinho e Felipe. “Felipe: o seu endereço é a Rua General Almério de Moura 131, o endereço do Vasco. O telefone do cadastro também é do Vasco. É a ficha de ingresso do senhor Felipe (sócio benfeitor remido). Nem a ficha assinou”, informou.

“O senhor Pedrinho está na mesma situação, nunca atualizara­m. Pedrinho não tem CPF e não está assinado por ninguém. O Edmundo o endereço era o Vasco, mas atualizou recentemen­te. O pior de tudo, no caso do Edmundo, não tem assinatura dele nem do proponente. Absolutame­nte nada e mesmo assim não invalidou. Nem invalida.

Isso é uma resposta a alguns casos de endereços e telefones”, declarou Eurico sobre os ex-jogadores, que não estavam na lista dos 691 sócios que deveriam votar na urna.

POLÊMICA SEM FIM

Ao ser perguntado se não via erro mesmo assim, Eurico se defendeu: “Eu não sou obrigado, quando me associo, a dar meu telefone. Não sou obrigado a tornar meu telefone público. Estão partindo que o cadastro está irregular, e não está. Se falta uma coisa ou outra, não invalida”.

A chapa ‘Reconstrui­ndo o Vasco’, de Eurico Miranda, que tentava a reeleição, foi proclamada vencedora na

madrugada de quarta-feira, com 2.111 votos, contra 1.975 da ‘Sempre Vasco’, de Julio Brant. Mas a oposição também chegou a comemorar e agora briga para anular os 475 votos da urna 7. Sem contabiliz­ar a polêmica urna, Brant seria o vencedor do pleito com 1.935 votos, e Eurico o segundo, com 1.683.

Ao todo, 691 sócios poderiam votar na urna separada por decisão da Justiça. Desses, apenas 475 comparecer­am ao clube na terça-feira. Eles entraram no quadro social entre novembro e dezembro de 2015, limite para estarem aptos ao voto e, de acordo com a oposição, não houve comprovaçã­o de pagamento.

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Em entrevista coletiva, Eurico Miranda garantiu que processo eleitoral foi transparen­te
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