Morrena Providência o118ºPM esteano. Outros 2 emototaxista ficaram feridos
Um policial militar morreu e outros dois, além de um mototaxista, ficaram feridos em ataque de bandidos contra uma viatura na manhã de ontem, na esquina das ruas do Livramento e João Alvares, na Gamboa. Lotado na UPP Providência, o 3º sargento Victor Aleixo Oliveira da Costa, 36 anos e 12 na corporação, é o 118º policial morto este ano no Rio. O enterro dele será hoje no Jardim da Saudade de Sulacap.
“A minha irmã, Gilda, mãe do Victor, pediu para ele não entrar na polícia porque sabia a violência que é. Mas ele gostava daquilo que fazia. Tinha tudo pela frente como policial, mas lamentavelmente a gente vê que a criminalidade e a violência impediram o futuro de um rapaz. Todos nós fomos um pouquinho destruídos com a perda de uma pessoa tão querida”, desabafa Nilton Marcos, tio da vítima.
Aleixo deixa uma filha de 2 anos e a mulher, a soldado Luana Cristina, lotada na UPP Providência, com quem se casou mês passado. “A esposa perguntava para ele se alguém faria isso por ele — salvar os
companheiros. Mas ele fazia sem pensar porque era da natureza dele ajudar. Já tinha salvo outros companheiros em outras ocasiões. Dessa vez ele conseguiu também. Mas ele faleceu. Todos estão devastados”, lamenta um amigo.
Era por volta das 5h40 de ontem quando uma guarni- ção renderia outra na Praça Américo Brum, na Providência. Mas no caminho, próximo à Rádio Tupi, os oficiais foram surpreendidos por criminosos. Um dos policiais sob ataque pediu prioridade, já que dois colegas estavam feridos, identificados como soldados Ferreira e Douglas. “Foi quando o sargento Aleixo, que chegou mais cedo para trabalhar e estava fazendo supervisão, procedeu em apoio em outra guarnição e foi alvejado na cabeça”, explica uma fonte. Aleixo foi socorrido, mas não resistiu. Os outros policiais foram transferidos para o Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio, e não correm risco.
Na Rua do Livramento o cenário era praticamente de guerra. Além da viatura atingida, outros dois carros também estavam com os vidros estilhaçados e uma moto caída no chão perto de marcas de sangue. Além de muitas cápsulas de balas pelo chão. “Ele perdeu a vida defendendo o estado. Faço um pedido aos governadores. Ate quando vamos ver famílias como a nossa passando por isso? Chega de ver tantos policiais mortos por aí. Não suportamos mais”, implora Nilton Marcos.