CAPACITAÇÃO
■ Para alcançar bons resultados, o trabalho no BAC é constante e intenso para os PMs e os cães. A começar pelos cursos. São três, e o de Adestradores de Cães para Emprego Policial (Cacep) está no topo da lista. “Poucos concluem porque é muito pesado”, conta o coronel Peixoto. “Quem tem o Cacep está preparado para qualquer missão”, orgulha-se ele, que tem o emblema do curso no peito pregado à farda.
E os cães acompanham os PMs nessa capacitação. O treinamento deles inclui até rapel. A técnica facilita o emprego do animal em locais de difícil acesso. E eles aprendem a obedecer até por gestos. Mas, se necessário, entendem também aos oito comandos de voz, alguns em inglês, espanhol e até alemão.
Para fazer parte do BAC, o animal tem que ter saúde de ferro e pedigree e ser de raças com aptidões para o policiamento, como labrador, rottweiler e pastores. Os do BAC nascem no batalhão, da cruza dos cães que já são da tropa. A partir dos 45 dias começam a ter as habilidades testadas, e aos seis meses iniciam o treinamento, que dura até um ano e meio.
A dieta é rigorosa: duas refeições diárias com ração superpremium e sem petiscos. “Amor a cada comando obedecido é a compensação”, conta o coronel Peixoto. E eles são recolhidos após a segunda refeição. Os adultos ficam em baias separadas e os filhotes, juntos. “Crianças não gostam de ficar sozinhas”,
brinca ele.