Luislinda diz: ‘Sou pobre’
Ministra dos Direitos Humanos é aquela que recebia R$ 33 mil e pediu ‘aumento’
Após a polêmica envolvendo seus vencimentos, a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois (PSDB), disse ontem que é “preta, pobre e da periferia”. A declaração foi feita em discurso, ao lado do presidente Michel Temer, na cerimônia de lançamento do Programa Emergencial de Ações Sociais para o Estado do Rio e Municípios. Mais tarde, outro tucano surpreendeu o ‘chefe’: Bruno Araújo, das Cidades, entregou o cargo. “O presidente dará início agora a uma reforma ministerial que estará concluída até meados de dezembro”, informou o Planalto, em nota.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, o programa emergencial para o Rio terá investimento de R$ 157 milhões, com ações nas áreas de justiça, educação, esporte e direitos humanos. “Vamos aumentar esses números (de beneficiários de programas sociais) para o Rio e para o Brasil também. Sou preta, pobre e da periferia e sei o que é viver longe dos grandes centros”, afirmou Luislinda.
Há duas semanas, a ministra protocolou pedido ao governo para acumular seu salário no ministério com a aposentadoria de desembargadora, o que totalizaria uma remuneração de R$ 61,4 mil. Luislinda Valois chegou a comparar seu salário atual, de R$ 33,7 mil, com “trabalho escravo”. Se o pleito fosse atendido, ela receberia além do teto constitucional, violando a legislação. Diante das críticas, ela desistiu da solicitação.