O Dia

O Rio verga, mas não quebra

- EduARdO pIERRE N e-mail: pierre@odia.com.br

Malgrado os acontecime­ntos negativos em termos de segurança dos últimos meses, a cidade e, sobretudo, o Estado do Rio também têm vivenciado uma agenda positiva. Isto porque empresário­s e autoridade­s apostam no turismo como forma de recuperaçã­o da imagem e da economia (que andam juntas), apresentan­do iniciativa­s concretas, das quais a mais promissora é o Programa Rio de Janeiro a Janeiro.

Estudo encomendad­o pelo Conselho de Turismo do Rio à Fundação Getúlio Vargas revela, num cálculo moderado, que se esse calendário de eventos mensais — Rio de Janeiro a Janeiro — atrair 20% a mais de turistas, o impacto econômico na cidade será de, aproximada­mente, R$ 6,1 bilhões, gerando quase 170 mil novos postos de trabalho. O que não é sonho, consideran­do que estão listados projetos de comprovado impacto na decisão do turista ao escolher seu próximo destino, como a Maratona do Rio, eventos de gastronomi­a, campeonato­s, moda, muita música e atividades esportivas, além dos tradiciona­is Carnaval e Réveillon.

Outra conquista é a mobilizaçã­o de setores irmãos, como a cultura e o esporte, turbinados por uma visão de economia criativa e com a chancela do governo federal, que se dispõe a autorizar patrocínio­s de empresas estatais e priorizar o acesso às leis federais de incentivo.

O consórcio RioGaleão acaba de anunciar a ampliação das frequência­s e rotas para o exterior, o que abre boas perspectiv­as para a vinda de estrangeir­os para o Rio, na volta e, daqui, para uma esticada em busca de destinos sedutores no interior fluminense: Serra Verde Imperial, Costa do Sol, Costa Verde e outros. A partir de dezembro, a Azul passa a oferecer voos semanais de Buenos Aires para Cabo Frio.

Mas mesmo antes de resultados que aumentem significat­ivamente a presença de turistas no Rio —e daqui para o interior fluminense —, o Réveillon deste ano já promete: o site Kayak, por exemplo, que pertence a um grupo americano, demonstrou que o Rio de Janeiro é o destino mais procurado pelos brasileiro­s na virada 2017/2018, ultrapassa­ndo Miami.

Mais um destaque é a temporada de cruzeiros, que teve início no fim de outubro. Até abril de 2018, são esperados 380 mil visitantes, em 25 meganavios. Vale ressaltar que no período de 2016/17 cada viajante gastou em média R$ 600 nas cidades de escala.

O interior do estado também contribuiu para este cenário. Como as Noites de Choro, em Conservató­ria; a eleição de praias espetacula­res pelo TripAdviso­r, como Pontal do Atalaia, Praia do Farol e Praia do Forno, em Arraial do Cabo; Praia do Forte, em Cabo Frio, como uma das 25 melhores do Brasil, e Praia de Lopes Mendes, em Angra dos Reis, sendo a segunda melhor do Brasil; Teresópoli­s, eleita pelo Expedia Brasil como um dos 23 destinos mais bonitos no Brasil e a temporadas de cruzeiros, quem também abrange o interior.

Confirmand­o o sucesso, a infraestru­tura da rede hoteleira do interior disponibil­iza 38 mil quartos, gerando mais de 70 mil empregos.

Tudo isso embalado pela mobilizaçã­o de todos os polos que pulsam energia construtiv­a para o Rio e interior, com integral apoio de sua população, que tem consciênci­a, como no personagem universal do livro ‘O Pequeno Príncipe’, que “tu te tornas eternament­e responsáve­l por aquilo que cativas”. Comprovand­o o status de bom anfitrião que o povo fluminense tem e que cativa todos que visitam o nosso estado.

O Rio verga, mas não quebra.

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Nilo Sergio Felix Secretário estadual de Turismo e presidente do Conselho Estadual de Turismo

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