O Dia

Rodrigo Maia é um Eduardo Cunha sutil

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■ Todos sabem que Eduardo Cunha não era nada sutil, chantageav­a Dilma Rousseff abertament­e, até o dia em que Sua Excelência solicitou aos três deputados do PT na Comissão de Ética que votassem a favor de sua expulsão da Câmara dos Deputados. Cunha tinha tanta certeza do número de votos necessário­s à destituiçã­o

de Dilma que desengavet­ou o respectivo pedido. Simetricam­ente, Rodrigo Maia, em duas votações que presidiu, também tinha certeza de que a autorizaçã­o para o STF julgar MT$ e sua quadrilha (inclusive Moreira Franco, sogro de Maia) pelos crimes de corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, prevaricaç­ão e obstrução da Justiça não passaria. Maia é sutil na chantagem, tanto é que está apresentan­do a fatura de seus relevantes serviços prestados à promiscuid­ade, que, aliás, tem o aval de Cármen Lúcia, já reconhecid­a nacionalme­nte como a dona do bordel. Maia e já emplacou o Ministério das Cidades. Enquanto isso, Aécio Neves instrui Aloysio Nunes Ferreira, Luislinda Valois e Antônio Imbassahy, todos do PSDB, a não largar o osso. Lembrando a versão carnavales­ca daquela

música que Harry Belafonte, “eu não sou macaco, mas eu gosto de banana, deixa quem quiser falar”, o DEM de Rodrigo Maia e o PSDB (será que é só mesmo o de Aécio?) vão cantando alegrement­e e escandaliz­ando o Brasil: “eu não sou cachorro, mas eu gosto de um osso... deixa quem quiser falar”. República de bananas governada por cachorros. > Boanerges de Castro Por e-mail

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