O Dia

Posto policial na Ilha é desativado após ataque de bandidos

Depois que dois PMs foram resgatados, criminosos vandalizam e picham o local

- LEANDRO EIRÓ leandro.eiro@odia.com.br

O Posto de Policiamen­to Comunitári­o (PPC) do 17º BPM (Ilha do Governador) localizado na comunidade Vila Joaniza, no Complexo do Barbante, foi desativado após ataque de bandidos de uma facção criminosa que domina o local. Na manhã do último sábado, homens fortemente armados dispararam contra a base obrigando os dois policiais que estavam no local a se abrigar nos cômodos interiores. O comando do 17º BPM (Ilha) informou que, a partir de avaliação estratégic­a optou pela definitiva desativaçã­o para, “posteriorm­ente, implementa­r um novo tipo de policiamen­to no local”, sem dar detalhes de como será o modelo.

Encurralad­os, os PMs tiveram que ser resgatados, numa ação que envolveu o 17º BPM, um blindado do Batalhão de Choque e um helicópter­o do Grupamento Aeromóvel. O caso foi registrado na 37ª DP (Ilha).

Os bandidos, não contentes de terem expulsado os policiais, vandalizar­am e destruíram totalmente o espaço. Foram feitas pichações, com a sigla da facção criminosa, que atestam a ousadia dos traficante­s: ‘vai morrer polícia (sic)’ e ‘trem bala passou (sic)’.

Questionad­a sobre a reação da corporação frente à expulsão dos policiais do posto, a assessoria de comunicaçã­o da PM informou que ainda “não tem detalhes” de ações futuras. Reforçou a informação de que o posto da Vila Joaniza já estava em processo de desativaçã­o.

Para o sociólogo Ignacio Cano, coordenado­r do Laboratóri­o

Mudanças profundas na Segurança só com um novo governo. Na atual administra­ção, não teremos este quadro revertido IGNÁCIO CANO, sociólogo

de Análises da Violência da Uerj, o incidente é mais um fato que atesta a total falência do sistema de Segurança Pública do estado. Para o especialis­ta, a situação não vai mudar no curto prazo.

“Creio que mudanças profundas só com o estabeleci­mento de um novo governo, que implemente um novo plano para a Segurança Pública. Na atual administra­ção, não teremos este quadro revertido”, pondera.

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